A Associação Europeia de Clubes de futebol (ECA) aprovou esta terça-feira uma série de medidas para reformar o fair-play financeiro, com a implementação de dois indicadores que permitam à UEFA intervir com maior rapidez, anunciou o presidente da entidade, Andrea Agnelli.
"Alcançamos um acordo com a UEFA para uma nova série de regras para um fair-play financeiro 2.0", declarou Agnelli, que também é o presidente da Juventus, durante uma conferência de imprensa, no final da Assembleia-geral da ECA, em Roma.
Segundo Michael Verschueren, responsável pelo grupo de trabalho da ECA que tratou dos dossiês financeiros, a ECA e a UEFA têm como objetivo conseguir uma maior transparência na publicação das contas dos clubes e desejam "uma harmonização das regras contáveis", explicou.
"Acreditamos que os clubes de países diferentes deveriam respeitar as mesmas regras", completou, sem dar mais detalhes.
A ECA validou o princípio de uma evolução das regras atuais do fair-play financeiro, tentando reduzir "a duração das avaliações", continuou Verschueren, citando o período atual de "18 a 22 meses para que a UEFA possa intervir".
"Introduzimos dois novos indicadores. O primeiro trata do nível de endividamento máximo em relação ao Ebidta (receita antes de impostos) do clube", explicou.
O segundo indicador diz respeito aos gastos com transferências, com um saldo máximo de 100 milhões de euros entre os gastos e vendas durante uma janela do mercado.
"Se um clube ilude um desses indicadores, a UEFA terá um mecanismo que lhe permitirá comprovar rapidamente se as regras estão a ser respeitadas ou não. Isso permitirá atuar muito mais rápido que no passado", continuou Verschueren.
A entidade europeia poderia, neste caso, verificar o orçamento do clube para o ano em andamento e o anterior, assim como a previsão orçamental para o próximo ano.
Segundo a ECA, estas medidas deverão ser aprovadas no próximo comité executivo da UEFA, previsto para 24 de maio, e entrariam em vigor na próxima temporada.
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