De acordo com o estudo da consultora, desde a suspensão das competições, em março de 2020, e a retoma à porta fechada, o número de jogos com público em Inglaterra, Alemanha, Itália, Espanha e França foi reduzido em 27%.
A pandemia levou a “uma quebra significativa, de cerca de 500 milhões de euros acumulados nas receitas em dia de jogo [bilheteira, patrocínios, ‘merchandising’ e restauração], a 1,9 mil milhões de euros”, segundo a mesma fonte.
O impacto foi mais notório na Alemanha, cujo campeonato detém a mais alta média de espetadores [42 mil], com perdas calculadas em cerca de 157 milhões de euros (ME) por cada um dos 18 emblemas, enquanto em França as quebras de receita foram três vezes menores, aproximadamente 48 ME por clube.
Com o desenrolar da época 2020/21 praticamente disputada totalmente à porta fechada nos cinco países, a consultora calcula, então, as perdas acumuladas “em mais de dois mil milhões de euros” neste exercício.
A KPMG admite que a reabertura dos estádios aos espetadores permita apenas uma recuperação parcial destas perdas, atendendo a que, por exemplo, Espanha autoriza 40% da capacidade dos recintos e Itália 50%, enquanto em Inglaterra as lotações podem ser preenchidas totalmente.
A consultora realçou ainda que outras medidas de proteção sanitária, como a proibição de venda de bebidas e alimentos em Espanha, vai manter os impactos negativos nas contas dos clubes.
Em janeiro de 2021, a diretora-executiva da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Sónia Carneiro, estimou um impacto de 276 milhões de euros nas receitas dos clubes profissionais, até essa altura, aproximadamente meio da época de 2020/21.
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