
O antigo árbitro da Premier League, David Coote, foi acusado esta terça-feira pela Federação Inglesa de Futebol (FA) pelos comentários depreciativos feitos sobre o ex-treinador do Liverpool, Jürgen Klopp.
Coote, de 42 anos, foi despedido em dezembro pela PGMOL (entidade responsável pelos árbitros do futebol profissional em Inglaterra) e impossibilitado de apitar jogos de futebol profissionais, depois de circular nas redes sociais um vídeo, no mês anterior, onde fazia observações depreciativas sobre Klopp e o Liverpool, datadas de 2020.
Klopp deixou o Liverpool no fim da época passada, após nove anos ao comando da equipa, sendo substituído pelo neerlandês Arne Slot, que se sagrou campeão inglês logo na primeira temporada.
Um desses comentários fazia referência à nacionalidade alemã de Klopp, algo que a FA considera uma alegada "violação agravada" das suas regras.
Coote ganhou mediatismo na sequência da publicação de um vídeo, realizado durante a pandemia de covid-19, no qual qualificava o anterior treinador do Liverpool de "arrogante" e "alemão canalha", assumindo não gostar do técnico germânico pelo facto de, após um jogo, o ter "acusado de mentir".
A FA anunciou ainda que Coote não enfrentará qualquer ação adicional relativamente a alegações separadas de má conduta relacionada com apostas, acusações essas que o próprio sempre negou veementemente. A Federação acrescentou que essas alegações foram completamente investigadas.
Em dezembro surgiu um vídeo onde Coote aparenta estar a cheirar um pó branco, numa situação que, alegadamente, ocorreu durante o Campeonato da Europa de 2024. A UEFA abriu uma investigação sobre este caso.
No início deste ano, a UEFA, organismo que tutela o futebol europeu, através do Comité de Controlo, Ética e Disciplina, suspendeu Coote de toda a atividade relacionada com a arbitragem até ao fim da próxima época, por considerar que o juiz inglês violou “regras básicas de conduta” e “trouxe descrédito ao futebol e à UEFA”.
Numa entrevista em janeiro, Coote assumiu-se como homossexual e afirmou que a luta para esconder a sua orientação sexual contribuiu para más decisões tomadas ao longo da sua vida.
O árbitro disse estar "verdadeiramente arrependido por qualquer ofensa causada".
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