A Rússia já fez regressar os jogadores estrangeiros das equipas da Liga de futebol, uma das condições para o reinício do campeonato em 21 de junho, após a suspensão devido à covid-19.

“Era importante para o regresso da época, mas também para a organização da seguinte”, justificou em comunicado o presidente da Liga, Sergei Priadkin, acrescentando que “todos os estrangeiros já se encontram em território russo”.

No campeonato, liderado pelo Zenit, e suspenso à 22.ª jornada, após 16 de março, jogam os portugueses João Mário e Éder (Lokomotiv Moscovo), Manuel Fernandes (Krasnodar) e Miguel Cardoso (Tambov).

O Krasnodar, terceiro classificado, com os mesmos pontos do segundo, o Lokomotiv, chegou na segunda-feira a renovar por dois meses o contrato com o médio internacional português Manuel Fernandes, cujo vínculo terminava no final de maio.

O presidente da Liga agradeceu ao governo e à federação de futebol do país, bem como às autoridades aeronáuticas e às forças de segurança, o esforço conjunto para um regresso de treinadores e jogadores.

A imprensa tinha indicado que mais de 70 pessoas, entre técnicos e futebolistas, tinham deixado o país durante a pandemia.

Entre os jogadores que já realizaram testes à covid-19, o colombiano Jefferson Farfán (Lokomotiv) e o russo Pável Pogrebniak (Ural) tiveram resultados positivos.

Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.

Os campeonatos de futebol de França, Escócia, Bélgica e dos Países Baixos foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede em Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para 03 de junho. A Liga alemã foi retomada em 16 de maio.

A Rússia é o terceiro país do mundo com mais contágios por covid-19, com mais de 362 mil casos de pessoas que deram positivo, atrás de Estados Unidos (mais de 1,6 milhões) e Brasil (374.000), e 3.807 mortos.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 346 mil mortos e infetou mais de 5,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Quase 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.