O jornal sul-coreano The Chosun Ilbo escreve, esta quinta-feira, que a Polícia Metropolitana de Seul abriu uma investigação a Cristiano Ronaldo, à Juventus e à empresa TheFasta por possível "fraude" no encontro particular da passada sexta-feira, diante da Team K-League, equipa formada pelos melhores jogadores do campeonato sul-coreano.

Na base da investigação estará uma queixa apresentada pelo advogado Oh Seok-hyun, da L.K.B & Partners, a pedido de cerca de duas mil pessoas que pagaram para ver Ronaldo em ação, algo que acabaria por não acontecer.

O avançado português deveria ter jogado pelo menos 45 minutos do jogo disputado no World Cup Stadium, em Seul, que registou casa cheia com bilhetes a serem vendidos por um valor aproximado de 180 euros. Ora Ronaldo acabou por não jogar por fadiga muscular, o que levou os adeptos em causa a exigir à TheFasta – empresa responsável pela organização do jogo – uma indemnização que pode chegar a 50 milhões de euros.

"Se não conseguirmos encontrar provas objetivas de engano propositado, nenhum caso de fraude pode ser aberto, e a polícia não pode intervir, uma vez que isso iria transformar o caso num caso civil", afirmou fonte das autoridades à publicação.

No processo em causa reclama-se uma indemnização que pode chegar aos 50 milhões de euros, que tem como base a relação entre os "danos morais" causados aos fãs do português, o preço dos bilhetes e o número de espectadores no estádio.

Entretanto, o CEO da The Fasta Inc. confirmou à operadora SBS que o contrato previa, de facto, uma participação de 45 minutos de Ronaldo e que só teve conhecimento de que isso não iria acontecer no início da segunda parte.

"Quando fui pedir explicação a Nedved [vice-presidente da Juventus] tudo o que ele me disse foi: ‘Também queria que Ronaldo jogasse, mas ele não quer. Desculpe, mas não posso fazer nada.' Também fiquei frustrado", revelou Robin Chang.

No estádio estiveram mais de 60 mil adeptos que, em forma de protesto, chegaram mesmo a gritar o nome de Lionel Messi.