A Federação espera doar um euro por cada bilhete vendido para os jogos dos campeões mundiais diante da Costa do Marfim, na sexta-feira, em Marselha, e frente à África do Sul, previsto para terça-feira, em Lille.

“As equipas da Unicef estão mobilizadas de urgência há um mês na Ucrânia, de modo a ajudarem as crianças e respetivas famílias, vítimas do conflito”, refere a Federação francesa de futebol, em comunicado.

Para os jogos particulares, o estádio velódromo, em Marselha, deverá esgotar a sua capacidade de 65.000 lugares, enquanto o jogo para Lille, no estádio Pierre-Mauroy, de 50.000 espetadores, tem todos os bilhetes vendidos.

Na mesma nota, a Federação adianta que as camisolas utilizadas no jogo com a África do Sul serão leiloadas e a receita será igualmente entregue à Unicef.

Desde o início da invasão russa, cerca de 90 por cento das pessoas que fugiram da Ucrânia são mulheres e crianças, e, segundo a Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância] 1,5 milhões são crianças.

À iniciativa dos franceses, junta-se a Escócia, que já tinha anunciado a doação à Unicef de 12 euros por cada bilhete vendido para o jogo particular com a Polónia, na quinta-feira em Glasgow.

O jogo do ‘play-off’ de apuramento para o Mundial2022 da Escócia com a Ucrânia foi adiado para junho, enquanto a Polónia deveria defrontar a Rússia, que foi excluída das competições pela UEFA e FIFA.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, incluindo mais de 180 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,53 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.