A Federação Moçambicana de Futebol (FMF) manifestou hoje interesse em renovar contrato com o selecionador Chiquinho Conde, avançando que vai iniciar negociações com o treinador para a formalização da extensão do vínculo, refere o organismo em comunicado.
A nota de imprensa sobre o interesse no prolongamento do contrato com Chiquinho Conde (ex-jogador de Sporting, Belenenses e Vitória de Setúbal) segue-se às afirmações do presidente da FMF, Feizal Sidat, no dia 19 deste mês, de que o selecionador nacional “é ingrato”, deixando em aberto a renovação do contrato com o técnico, que termina em 31 de julho.
No comunicado que divulgou hoje, o organismo máximo do futebol moçambicano refere que a sua direção executiva deliberou pela extensão do contrato de trabalho com Chiquinho Conde.
“Foi constituído um grupo de trabalho que vai conduzir todo o processo jurídico-administrativo visando a busca de consensos para a renovação do vínculo contratual entre as partes. Esse trabalho deverá iniciar nos próximos dias”, refere a nota.
Na conferência de imprensa em que acusou Chiquinho Conde de “ingrato”, o presidente da FMF criticou o atual selecionador de violar o contrato de trabalho, ao fazer acusações contra a sua “entidade patronal” em público e nas redes sociais, e reivindicar apenas para si e para os jogadores o mérito das vitórias dos ‘mambas’, deixando de fora “todo o trabalho coletivo”.
Feizal Sidat disse que Chiquinho Conde lhe faltou ao respeito, na presença dos jogadores da seleção, ao exigir gelo no balneário, após o jogo em que Moçambique garantiu o acesso à fase final do Campeonato das Nações Africanas (CHAN), disputado apenas por jogadores que atuam no continente.
O dirigente deu ainda conta de que o selecionador humilhou igualmente Paíto, atual vice-presidente da FMF para as seleções e ex-jogador do Sporting, ao proibi-lo de entrar no autocarro e no balneário da equipa.
“O meu vice-presidente merece ter todo o respeito, o Paíto está proibido de entrar no autocarro, o Paíto chorou”, afirmou Sidat.
As dúvidas em relação à continuidade de Chiquinho Conde à frente da seleção nacional levaram alguns líderes da sociedade civil moçambicana a dirigirem-se à sede da FMF para exigirem que a direção do organismo se comprometa com a renovação do contrato com o técnico, figura muito popular no país.
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