Apenas quatro guarda-redes portugueses são titulares entre as principais ligas estrangeiras de futebol, com destaque para Rui Silva, Miguel Silva e Diogo Sousa, que têm estatuto quase intocável nas respetivas equipas, ao contrário de José Sá.

A menor aposta dos clubes portugueses em guardiões nacionais - apenas Diogo Costa, no FC Porto, e Ricardo Velho, no Farense - reflete-se igualmente no estrangeiro, onde somente estes quatro jogam com assinalável regularidade entre as 311 equipas que compõe os campeonatos do top-20 da UEFA, excluindo a I Liga lusa.

Tal como sucedeu na época passada, o antigo guarda-redes do Vitória de Guimarães e Marítimo, de 29 anos, continua a ser o dono da baliza do Beitar de Jerusalém, sendo totalista pela sua equipa ao participar nas 14 jornadas já realizadas no campeonato de Israel.

Já Rui Silva, de 30 anos, um dos eleitos por Roberto Martínez nas últimas convocatórias da seleção portuguesa, tem sido aposta de Manuel Pellegrini nos espanhóis do Betis desde o arranque da época, tal como Diogo Sousa, de 26, nos turcos Bodrumspor.

Além deste trio, também José Sá, nome habitual entre os eleitos de Portugal, figura entre as primeiras opções dos ingleses do Wolverhampton, embora com menor regularidade que os compatriotas, já que tem alternado a baliza dos ‘wolves’ com Sam Johnstone.

De resto, a nacionalidade portuguesa é apenas a 12.ª mais representada entre os guarda-redes titulares que atuam fora dos respetivos países, num ranking em que se destaca a Polónia, com 10 guardiões a defenderem as balizas de clubes estrangeiros: Lukasz Fabianski (West Ham, Ing), Lukasz Skorupski (Bolonha, Ita), Kamil Grabara (Wolfsburgo, Ale), Marcin Bulka (Nice, Fra), Radoslaw Majecki (Mónaco, Fra), Daniel Bielica (NAC Breda, Hol), Jakub Slowik (Konyaspor, Tur), Mateusz Lis (Goztepe, Tur), Albert Posiadala (Molde, Nor) e Bart Dragowski (Panathinaikos, Gre).

Espanha, Países Baixos e Argentina surgem na segunda posição, cada um com sete ‘keepers’ distribuídos pelos campeonatos europeus, logo seguidos por Dinamarca, Sérvia, Eslováquia e Inglaterra, com seis, sendo que o caso inglês é particular, uma vez que a representação é mais expressiva na vizinha Escócia, com cinco desses ‘emigrantes’.

Aquela que é historicamente uma das escolas mais profícuas de guarda-redes, a Itália, é curiosamente uma das menos representadas no exterior, com somente dois jogadores: Gianluigi Donnarumma, no ‘milionário’ Paris Saint-Germain, e Guglielmo Vicario, dos ingleses do Tottenham.

Entre os guardiões ainda em atividade e que já representaram a seleção nacional ou foram convocados pelo menos uma vez, apenas Diogo Costa, Rui Silva e Ricardo Velho são donos das balizas dos respetivos clubes.

Rui Patrício (36 anos), o mais internacional dos guardiões lusos, apenas na semana passada efetuou os primeiros minutos pela Atalanta, na Taça de Itália, enquanto Anthony Lopes (34) passou a ‘proscrito’ no Lyon, Cláudio Ramos (33) e Samuel Soares (22) são suplentes no FC Porto e Benfica, respetivamente, e Marafona (37) tem jogado regularmente no Paços de Ferreira, mas na II Liga.

- Representação por país dos guarda-redes no top-20 das ligas da UEFA:

País N.º guarda-redes

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Polónia 10

Espanha 7

Países Baixos 7

Argentina 7

Dinamarca 6

Sérvia 6

Eslováquia 6

Inglaterra 6

Brasil 5

Alemanha 5

Croácia 5

PORTUGAL 4

Finlândia 4

Grécia 4

França 3

B. Herzegovina 3

Hungria 3

Islândia 3

Bélgica 2

Itália 2

Suíça 2

Japão 2

Eslovénia 2

Geórgia 2

Costa do Marfim 2

Áustria 2

República Checa 2

Montenegro 2

Camarões 1

Kosovo 1

Colômbia 1

Nigéria 1

Estónia 1

Noruega 1

Guiana Francesa 1

Suriname 1

Luxemburgo 1

Turquia 1

Uruguai 1

Estado Unidos 1

Suécia 1

Rússia 1

Austrália 1

Albânia 1

Macedónia Norte 1

Gana 1

Rep. Dem. Congo 1

Bulgária 1

Roménia 1

Ucrânia 1