A juíza sul-africana Navanethem Pillay considera que alguns dirigentes da FIFA "violaram padrões de boas práticas", que levaram à sua demissão do comité de governação da FIFA, organismo que era presidido pelo português Miguel Poiares Maduro.
Poiares Maduro demitiu-se em maio e na sequência saíram também Joseph Weller, professor de Direito, Ron Popper e Pillay, ex-representante da ONU para os Direitos Humanos, que escreveu um email, hoje conhecido, muito crítico à secretária-geral da FIFA, a senegalesa Fatma Samoura.
No centro da polémica, que levou à demissão de Maduro e dos seus colegas de organismo, estão alegadas interferências, nomeadamente do presidente da FIFA, Gianni Infantino, para travar o veto à recandidatura do vice-primeiro-ministro russo, Vitali Mutko, ao conselho do organismo.
Nesse mail, tornado público por uma comissão parlamentar britânica - que já ouviu Maduro -, Pillay reforça que não foram respeitadas "as normas e padrões de boas práticas que eles próprios (FIFA) adotaram".
Para ignorar as posições do comité de governação da FIFA, Infantino e Samoura argumentaram que seria "um desastre" afastar Mutko a um ano do Mundial de 2018, que se vai disputar na Rússia. Mutko acabou mesmo por não ir para o Conselho da FIFA, mantendo porém a presidência do comité organizador do Mundial.
Entretanto, Weller confirmou que apresentou uma queixa contra Infantino, na comissão de ética da FIFA.
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