O Manchester United fez parte da principal ‘novela’ e do maior negócio do mercado de transferências, que fechou na quinta-feira, ao agregar a manutenção do futebolista português Cristiano Ronaldo à compra ‘milionária’ de Antony.
Envolto num ‘turbilhão’ de rumores entre julho e agosto, o avançado madeirense animou como mais ninguém a janela estival, devido à alegada vontade em deixar o clube inglês, prometendo para breve explicações sobre um arranque atribulado de temporada, visível na obtenção de uma só titularidade nos cinco jogos oficiais disputados pelos ‘red devils’.
Prestes a falhar a fase de grupos da Liga dos Campeões pela primeira vez em 19 anos, Cristiano Ronaldo prossegue como a maior ‘estrela’ do Manchester United, cujo recorde de investimento de 238,02 milhões de euros (ME) assentou nomeadamente em Antony.
O avançado brasileiro corporizou a transferência mais casa do defeso, ao significar um ‘encaixe’ de 95 ME para os cofres do Ajax, do qual procederam ainda Lisandro Martínez (57,37 ME) e o treinador neerlandês Erik ten Hag, em busca de revigorar os ‘red devils’.
Dos Países Baixos também viajou Tyrell Malacia (ex-Feyenoord), 15 ME), ao passo que Casemiro terminou cerca de uma década de ligação ao Real Madrid (70,65), Christian Eriksen chegou do Brentford a custo zero e Martin Dubravka foi cedido pelo Newcastle.
O investimento do Manchester United só foi suplantado pelo Chelsea, ao repartir 278,99 ME por Wesley Fofana (ex-Leicester, 80,4), Marc Cucurella (ex-Brighton, 65,3), Raheem Sterling (ex-Manchester City, 56,2), Kalidou Koulibaly (ex-Nápoles, 38), Pierre-Emerick Aubameyang (ex-FC Barcelona, 12) e os jovens Carney Chukwuemeka (ex-Aston Villa, 18) e Gabriel Slonina (ex-Chicago, 9,09), com Denis Zakaria emprestado pela Juventus.
Menos gastador esteve o Manchester City, novo destino do goleador Erling Haaland (60 ME) e Manuel Akanji (17,5), ambos oriundos do Borussia Dortmund, Kalvin Phillips (ex-Leeds, 49), Sergio Gómez (ex-Anderlecht, 13) e Stefan Ortega (ex-Arminia Bielefeld).
Do campeão inglês despediram-se Gabriel Jesus (52,2 ME) e Oleksandr Zinchenko (35), que se juntaram ao internacional sub-21 luso Fábio Vieira (ex-FC Porto, 35), Matt Turner (ex-New England, 6,36) e Marquinhos (ex-São Paulo, 3,5) entre os reforços do Arsenal.
O Tottenham apostou em Richarlison (ex-Everton, 58 ME), Yves Bissouma (ex-Brighton, 29,2), Destiny Udogie (ex-Udinese, 18), Djed Spence (ex-Middlesbrough, 14,7), Fraser Forster (ex-Southampton) e Ivan Perisic (ex-Inter Milão), tendo ainda ‘segurado’ Cristian Romero (ex-Atalanta, 50) e acertado a cedência de Clément Lenglet (ex-FC Barcelona).
Alexander Isak (ex-Real Sociedad, 70 ME), Sven Botman (ex-Lille, 37), Matt Targett (ex-Aston Villa, 17,5) e Nick Pope (ex-Burnley, 11,5) ilustraram a segunda ida ao mercado do Newcastle desde que foi alienado ao consórcio do príncipe herdeiro da Arábia Saudita.
Abaixo dos 100 ME de gastos andou o Liverpool, que acertou ‘in extremis’ a cedência de Arthur (ex-Juventus), após as compras do internacional sub-21 luso Fábio Carvalho (ex-Fulham, 5,9 ME), Darwin Núñez (ex-Benfica, 75) e Calvin Ramsay (ex-Aberdeen, 4,9).
Já no país ‘vizinho’ aconteceu o terceiro negócio mais caro em 2022/23, com o campeão europeu e espanhol Real Madrid a investir os seus únicos 80 ME no verão em Aurélien Tchouameni (ex-Mónaco), que viu Antonio Rüdiger (ex-Chelsea) ingressar a custo zero.
O FC Barcelona captou Robert Lewandowski (ex-Bayern Munique, 45 ME), goleador das Ligas europeias em 2021/22, Raphinha (ex-Leeds, 58), Jules Koundé (ex-Sevilha, 50), Franck Kessié (ex-AC Milan), Héctor Bellerín (ex-Arsenal) e Andreas Christensen (ex-Chelsea), estando por oficializar Marcos Alonso, após ter rescindido com os londrinos.
Nahuel Molina (ex-Udinese, 20 ME), Samuel Lino (ex-Gil Vicente, 6,5), Axel Witsel (ex-Borussia Dortmund) e Sergio Reguilón (cedido pelo Tottenham) reforçaram o Atlético de Madrid, ao qual regressaram Saúl Ñíguez (ex-Chelsea) e Álvaro Morata (ex-Juventus).
Já Tanguy Nianzou (ex-Bayern Munique, 16 ME), Marcão (ex-Galatasaray, 12), Isco (ex-Real Madrid) e Adnan Januzaj (ex-Real Sociedad) entraram no Sevilha, tal como Alex Telles (ex-Manchester United) e Kasper Dolberg (ex-Nice), ambos a título de cedência.
Em França, o campeão Paris Saint-Germain ‘revolucionou’ as bases do seu projeto, ao focar-se na prospeção de jovens talentos, como os internacionais lusos Vitinha (ex-FC Porto, 41,5 ME), Nuno Mendes (ex-Sporting, 38), cuja opção de compra foi ativada, e Renato Sanches (ex-Lille, 15), além de Fabián Ruiz (ex-Nápoles, 23), Carlos Soler (ex-Valência, 18), Nordi Mukiele (ex-Leipzig, 12), e Hugo Ekitiké, emprestado pelo Reims.
Nuno Tavares (ex-Arsenal) e Eric Bailly (ex-Manchester United) foram alvos de cedência ao Marselha, que reuniu Jordan Veretout (ex-Roma, 11 ME), Luis Suárez (ex-Granada, 10), Jonathan Clauss (ex-Lens, 7,5), Alexis Sánchez (ex-Inter Milão) e Chancel Mbemba (ex-FC Porto), ativando as cláusulas de Pau López, Mattéo Guendouzi e Cengiz Ünder.
Se Mohamed Camara (ex-Salzburgo, 15 ME), Takumi Minamino (ex-Liverpool 15) e Breel Embolo (ex-Mönchengladbach, 12,5) aquilataram o Mónaco, Nicolás Tagliafico (ex-Ajax, 4,2), Corentin Tolisso (ex-Bayern) e Alexandre Lacazette (ex-Arsenal) rumaram ao Lyon.
A Juventus agitou a janela em Itália com Ángel Di María e Leandro Paredes (ambos ex-PSG), Bremer (ex-Torino, 41 ME) e Filip Kostić (ex-Frankfurt, 12), aos quais adicionou o regresso de Paul Pogba (ex-Manchester United), a cláusula de opção de compra ativada por Federico Chiesa (ex-Fiorentina, 40) e a cedência de Arkadiusz Milik (ex-Marselha).
O campeão AC Milan juntou Charles De Ketelaere (ex-Club Brugge, 32 ME), Alessandro Florenzi (ex-Roma, 2,7), Divock Origi (ex-Liverpool) e Sergiño Dest, emprestado pelo FC Barcelona, ao passo que o Inter Milão recuperou Romelu Lukaku a partir de cedência do Chelsea, obteve André Onana (ex-Ajax) e Henrikh Mkhitaryan (ex-Roma) e pagou ainda em definitivo Joaquín Correa à Lazio (23,6 ME), que viria a emprestar Francesco Acerbi.
A Roma, de José Mourinho, acolheu a custo zero Paulo Dybala (ex-Juventus), Nemanja Matić (ex-Manchester United), Andrea Belotti (ex-Torino) e Mile Svilar (ex-Benfica), bem como Georginio Wijnaldum (ex-PSG) e Mady Camara (ex-Olympiacos), ambos cedidos.
Na Alemanha, o decacampeão Bayern Munique andou em busca de Matthijs de Ligt (ex-Juventus, 67), Sadio Mané (ex-Liverpool, 32) ou Mathys Tel (ex-Rennes, 20), subtraindo ao Ajax Ryan Gravenberch, por 18,5 ME, e Noussair Mazraoui, sem qualquer despesa.
Sébastien Haller também saiu de Amesterdão rumo ao Borussia Dortmund, mas teve de suspender a carreira para tratar de um tumor maligno nos testículos, face às vindas de Karim Adeyemi (ex-Salzburgo, 30 ME), Nico Schlotterbeck (ex-Friburgo, 20), Niklas Süle (ex-Bayern Munique) ou dos ex-Colónia Anthony Modeste (5,1) e Salih Özcan (cinco).
Ao Leipzig vincularam-se o regressado Timo Werner (ex-Chelsea, 20 ME), David Raum (ex-Hoffenheim, 26), Xaver Schlager (ex-Wolfsburgo, 12) e Abdou Diallo, que foi cedido pelo PSG, com o Bayer Leverkusen a receber Adam Hlozek (ex-Sparta Praga, 13) e Callum Hudson-Odoi, emprestado pelo Chelsea, na última janela antes do Mundial2022.
O mercado vai permanecer aberto durante alguns dias em países periféricos, casos de México, Roménia, Bélgica, Rússia, Turquia, Grécia, Arábia Saudita ou Ucrânia, entre outros, na certeza de que os atletas atualmente sem clube ainda podem ser inscritos.
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