O futebolista internacional brasileiro Neymar considerou hoje que Pelé deu visibilidade ao Brasil, bem como voz aos pobres e aos negros, referindo que foi o antigo jogador, que hoje morreu aos 82 anos, que mudou o futebol.

“Transformou o futebol em arte, em entretenimento. Deu voz aos pobres, aos negros e principalmente: deu visibilidade ao Brasil. O futebol e o Brasil elevaram seu ‘status’ graças ao Rei!”, escreveu Neymar na rede social Instagram.

A nova ‘estrela’ do futebol brasileiro sublinhou ainda que Pelé “é eterno”, que “a sua magia permanecerá”.

“Antes de Pelé, ‘10’ era apenas um número. Li essa frase em algum lugar, em algum momento da minha vida. Mas essa frase, linda, está incompleta. Eu diria que antes de Pelé, o futebol era apenas um desporto. Pelé mudou tudo”, disse ainda Neymar.

O jogador do Paris Saint-Germain reagiu no Instagram à morte daquele que é considerado ainda por muitos o maior jogador de todos os tempos, num texto acompanhado de três fotografias de Pelé: na primeira com uma coroa e nas outras abraçado a Neymar.

A lenda do futebol brasileiro e mundial, único jogador tricampeão do Mundo, ficou internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, em 29 de novembro, quando se submeteu a uma reavaliação do tratamento ao cancro detetado em setembro de 2021, e ao tratamento de uma infeção respiratória, agravada pela covid-19, com antibióticos.

Desde que foi operado ao cancro, Pelé passou por um ciclo de sessões de quimioterapia que o obrigou a ir várias vezes ao hospital para acompanhar a sua evolução.

A saúde de Pelé piorou nos últimos anos também por outras causas, como problemas na coluna, na anca e nos joelhos, que reduziram a sua mobilidade e o obrigaram a ser operado, além de ter sofrido uma crise renal, o que reduziu drasticamente as suas aparições públicas, embora tenha continuado ativo nas redes sociais.

Pelé, nascido a 23 de outubro de 1940 na cidade Três Corações, em Minas Gerais, foi o único futebolista três vezes campeão do mundo, em 1958, 1962 e 1970, marcou 77 golos nas 92 internacionalizações pela seleção brasileira e jogou pelo clube brasileiro Santos e pelo New York Cosmos, dos Estados Unidos.

Foi ainda ministro do Desporto no governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1998 e eleito o desportista do século pelo Comité Olímpico internacional (1999) e futebolista do século pela FIFA (2000).