O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) diz que o mundo perdeu um grande ídolo com a morte do ex-futebolista Pelé, a quem teve o privilégio de entregar a Ordem Olímpica.

"Com a morte de Pelé, o mundo perde um grande ídolo do desporto. Como eu mesmo pude comprovar, ele acreditava genuinamente nos valores Olímpicos e conduziu com orgulho a chama olímpica. Foi um privilégio entregar-lhe a Ordem Olímpica", referiu Thomas Bach.

O presidente do COI deixou ainda os "sentimentos aos familiares, amigos e à comunidade futebolística mundial".

A lenda do futebol brasileiro e mundial, único jogador tricampeão do Mundo, ficou internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, em 29 de novembro, quando se submeteu a uma reavaliação do tratamento ao cancro de colón detetado em setembro de 2021, e ao tratamento de uma infeção respiratória, agravada pela covid-19, com antibióticos.

Desde que foi operado ao cancro, Pelé passou por um ciclo de sessões de quimioterapia que o obrigou a ir várias vezes ao hospital para acompanhar a sua evolução.

A saúde de Pelé piorou nos últimos anos também por outras causas, como problemas na coluna, na anca e nos joelhos, que reduziram a sua mobilidade e o obrigaram a ser operado, além de ter sofrido uma crise renal, o que reduziu drasticamente as suas aparições públicas, embora tenha continuado ativo nas redes sociais.

Pelé, o único futebolista três vezes campeão do mundo, em 1958, 1962 e 1970, assinou 77 golos nas 92 internacionalizações pela seleção brasileira, tendo vestido as camisolas do Santos e dos norte-americanos do Cosmos.

Foi ainda ministro do Desporto no governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1998.