A UEFA confirmou hoje que recebeu uma “declaração de interesse” da Rússia em organizar o Europeu de 2028 ou 2032, numa altura em que o futebol russo está afastado das competições devido à invasão da Ucrânia.
“Rússia e Turquia declararam interesse em sediar a edição de 2028 ou 2032 da principal competição de seleções da UEFA”, lê-se numa nota publicada no site oficial do organismo, no dia em que terminou o prazo para apresentar junto da UEFA a intenção de organizar estas duas edições do Euro.
Para receber o Europeu de 2028, além da Turquia, a Rússia deverá ‘competir’ com a candidatura conjunta da Inglaterra, Irlanda do Norte, República da Irlanda, Escócia e País de Gales, enquanto, para o Euro2032, terá novamente a ‘rivalidade’ dos turcos, mas também da Itália.
Horas antes, a federação russa tinha anunciado o interesse em organizar o Campeonato da Europa, confirmada agora pela UEFA, apesar do futebol desse país estar totalmente impedido de competir a nível mundial, numa decisão conjunta da UEFA e da FIFA, devido à guerra na Ucrânia.
A Rússia apresentou um recurso no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), que já rejeitou suspender as sanções aplicadas pelos dois organismos até que exista uma decisão final sobre o processo.
A seleção russa deveria enfrentar em Moscovo a Polónia, numa das meias-finais dos ‘play-offs’ da qualificação europeia para a fase final do Campeonato do Mundo, mas foi impedida de participar.
Quanto à final da edição de 2021/22 da Liga dos Campeões de futebol, que estava prevista para a cidade russa de São Petersburgo, acabou por ser transferida para Paris.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, que causou pelo menos 977 mortos, dos quais 81 crianças e 1.594 feridos entre a população civil, incluindo 108 menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,60 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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