Nem sempre os grandes jogadores dão grandes jogadores. Marco Van Basten foi um dos melhores pontas-de-lança da história do futebol europeu e marcou uma era no final da década de 1980 e início da década de 1990, ao serviço de Ajax e Milan, antes de uma grave lesão terminar com a sua carreira.
Alguns anos depois de abandonar os relvados, Van Basten tentou, então, a sua sorte como treinador. E logo como selecionador principal da Holanda, depois de um curto período como adjunto da equipa B do Ajax. Aí permaneceu entre 2005 e 2008, atingindo os oitavos de final do Mundial 2006 e os quartos de final do EURO 2008 antes de deixar o cargo e assumir o comando técnico do Ajax, onde permaneceu apenas uma época, terminando no terceiro posto da Liga holandesa.
Algumas épocas mais tarde ainda esteve duas épocas ao leme do Heerenveen, somando um 8.º e um 5.º lugar antes de dar por terminada a carreira de treinador.
Agora, em entrevista ao 'The Guardian', Van Basten reconheceu que ser treinador estava longe de ser a sua carreira de sonho e que o jeito não era muito. "Não sou um bom treinador. Posso treinar jogadores e falar sobre futebol. Mas perder como treinador era tão doloroso que não podia viver com aquilo. Como treinador, tens de ser positivo para os jogadores, como um pai para o filho, e isso era algo que não tinha", começou por afirmar.
"A profissão também é má para a saúde. Quando me tornei adjunto, era inteligente e útil. Tinha paciência. Como treinador, era o oposto. Tomei uma boa decisão ao desistir. Agora, faço outras coisas e sinto-me muito mais livre", acrescentou.
Van Basten, curiosamente, chegou a ser trunfo eleitoral de Bruno de Carvalho no Sporting. Na primeira ocasião em que se candidatou à presidência dos 'leões', derrotado então por Godinho Lopes por curta margem, Bruno de Carvalho tinha garantido que o holandês seria o treinador do clube em caso de vitória.
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