O futebolista internacional francês Karim Benzema “não tem nada a ver” com a presumível chantagem ao seu companheiro de seleção Mathieu Valbuena, indicou hoje o seu advogado.
“Compareceu para responder naturalmente às perguntas” dos investigadores, salientou o advogado Sylvain Cormier, sem dar detalhes do interrogatório a que o avançado do Real Madrid se encontra a responder desde manhã.
Cormier disse mesmo que Benzema está “feliz” por poder “acabar com esta penosa polémica” e que “não tem nada a ver com o assunto”, revelando que foi o próprio jogador a pedir ao advogado que contactasse o instrutor do caso para ser ouvido.
O representante do futebolista adiantou também que Benzema “está tranquilo” e responde a todas as perguntas que lhe têm feito, embora ainda não saiba quanto tempo durará a detenção, que poderá ir até 48 horas.
No ‘coração’ da investigação está um vídeo de cariz sexual em que aparecerá Valbuena e que terá servido para chantagear o jogador.
De acordo com uma fonte ligada à investigação, Benzema terá falado desse mesmo vídeo a Valbuena a 05 de outubro, quando os dois se encontravam no estágio da seleção francesa com vista aos jogos com a Arménia e a Dinamarca.
As três pessoas já detidas terão contactado alguém próximo de Benzema, com o objetivo de o levarem a falar com Valbuena e o que a polícia pretende averiguar é se o jogador ‘merengue’ foi um cúmplice na chantagem ou um amigo.
“Era um simples conselho de amigo para o livrar desta história ou estava a fazer pressão para que ele [Valbuena] pagasse?”, disse a fonte ligada à investigação do caso que se arrasta desde junho.
Após o verão, os infratores, na chantagem, decidiram contactar alguém próximo de Benzema, um homem residente em Lyon, que as autoridades já conheciam, e que, entretanto, foi detido na segunda-feira.
A audição ao avançado do Real Madrid tem como objetivo esclarecer a razão da conversa que teve com Valbuena, enquanto os três chantagistas, dois de Marselha e um de Val d’Oise, estão detidos desde meados de outubro, por “chantagem e participação em associação criminosa”.
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