A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) pediu hoje ao seu presidente, Angel Villar, suspeito de desvio de fundos e abuso de confiança, para se demitir e permitir novas eleições para o substituir.

A direção em funções transmitiu ao dirigente a “necessidade de apresentar a sua demissão” e apoiou Juan Luis Larrea como presidente em funções, substituindo Villar, que, após ter estado preso, foi suspenso durante um ano, com base em acusações de corrupção, apropriação indevida, administração desleal, falsidade de documentos e ocultação de bens.

“Informou-se a junta diretiva que em reunião celebrada com o presidente Villar lhe foi comunicada a necessidade de apresentar a sua demissão como presidente da RFEF, esperando a sua resposta o mais rápido possível. Isso daria lugar a eleições para a presidência do organismo”, refere o comunicado da instituição publicado no seu site.

Em 20 de julho, Villar foi detido, sendo libertado em 01 de agosto, após pagar fiança de 300.000 euros: na sequência do escândalo, também o vice-presidente, Juan Padrón, foi suspenso, com a presidência a ser assumida por Juan Luis Larrea, tesoureiro da instituição.

A RFEF “reitera o seu respeito à presunção de inocência de todas as pessoas investigadas” no denominado “caso Soule” e manifesta a sua “completa disponibilidade a colaborar com a justiça no esclarecimento dos factos”.

Presidente da RFEF desde 1998, Villar, suspeito de ter montado uma esquema de desvio de dinheiro para benefício próprio e de familiares, já apresentou a demissão dos cargos de vice-presidente que detinha na UEFA e FIFA.

O filho de Villar, Gorka, também é suspeito de ter recebido dinheiro ilegalmente, tendo igualmente sido preso e libertado, sob fiança. O presidente da associação regional de Tenerife, Ramon Baussou, também foi ouvido pelos tribunais.