No final de uma assembleia extraordinária da liga, o presidente José Luis Astiazarán acrescentou que a instituição decidiu prosseguir as negociações com o governo acerca das reivindicações dos clubes em matéria fiscal.
Os futebolistas estrangeiros contratados para jogar em Espanha a partir do próximo dia 01 de Janeiro, e que ganhem mais de 600 mil euros/ano, vão ser taxados a 43 por cento, em vez dos actuais 24, uma alteração fiscal que cresce 19 por cento e que decorre de uma normativa acordada entre os grupos parlamentares espanhóis.
A ministra espanhola da Economia, Elena Salgado, esclareceu que os futebolistas com contratos em vigor que ganhem mais de 600 mil euros/ano vão manter o actual nível de descontos (24 por cento) durante mais cinco anos e assegurou que a nova normativa só se aplicará aos jogadores contratados a partir de 01 de Janeiro de 2010.
De acordo com o presidente da LFP, o tema da greve "esteve em cima da mesa por muitas ocasiões" ao longo da assembleia de hoje e, apesar de não ficar definitivamente afastada a possibilidade de uma paragem no futuro, preferiu destacar que "todas as partes necessitam de um tempo para reflectir, uma vez que são temas muito importantes para o futebol profissional".
Astiazarán destacou a "unidade e a firmeza" da liga na posição assumida na reunião, e falou de um prazo de dois ou três meses para extrair conclusões sobre os contactos que vão prosseguir com as autoridades, sempre com base "num espírito de diálogo" que deve existir do lado de ambas as partes.
Os responsáveis da Liga já alertaram para a possibilidade de vários jogadores de topo que actuam em Espanha poderem optar por deixar o campeonato devido à alteração do seu regime discal.
No caso do português Cristiano Ronaldo, a mais cara contratação de sempre do futebol mundial, a alteração do regime fiscal poderá tornar bastante mais pesada a folha de pagamentos do Real Madrid.
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