José Mourinho interpôs uma ação judicial de proteção do direito à honra contra o redator-chefe do diário desportivo espanhol Marca, Roberto Palomar, anunciaram hoje os advogados do treinador de futebol do Real Madrid.

Num comunicado enviado à agência Lusa, assinado pelo advogado Manuel Matamoros Hernández, a ação é justificada com o facto de, num artigo publicado na segunda-feira na Marca, Palomar se ter referido a Mourinho como «o típico personagem que fugiria depois de causar um atropelamento».

«Segundo o nosso parecer, esta expressão é objetivamente vexatória e foi utilizada de forma completamente desnecessária para o exercício da crítica que constitui o objeto do artigo, pelo que é uma intromissão ilegítima no direito à honra do sr. José Mourinho», acrescenta a nota de imprensa do escritório de advogados Matamoros, de Madrid.

Os advogados sublinham que o treinador português «tem especial interesse em que conste que não fez nem nunca fará alguma contestação legal às críticas relativas ao exercício da sua profissão», por ter consciência «da importância do respeito absoluto pela liberdade de expressão».

«Pela mesma razão, utilizará todos os meios legais ao seu alcance para combater qualquer violação da sua dignidade», acrescenta a nota.

O escritório de advogados adianta que Mourinho «deu instruções expressas» para que a empresa editora da Marca e o seu diretor não fossem acionados judicialmente.

Isto porque acredita «que sempre foram e serão garantes da proteção não só do supremo direito da liberdade de expressão dos seus trabalhadores, como também, e com o mesmo zelo, do direito à honra dos protagonistas dos seus conteúdos, por muito criticados e contestados que possam ser».