José Mourinho saiu hoje “satisfeito” de Cantão com a equipa do Real Madrid, no primeiro jogo particular de futebol jogado na China contra o Evergrande, em que a equipa espanhola goleou por 7-1.

«O Real Madrid tem um prestígio a defender»,disse o treinador português, justificando que mesmo nos jogos particulares «é necessário que os jogadores se apliquem e hoje fizeram-no».

Pela segunda época consecutiva nos madrilenos, Mourinho salientou que a qualidade individual de cada jogador «está ao serviço da equipa» e recordou que leva seis jogos de preparação na época e que tem seis vitórias.

«Estou satisfeito, mas se tivesse ganho três, empatado dois e perdido um, era a mesma coisa», disse, acrescentando: «Se tivesse perdido seis é que estava preocupado».

Com alguns procedimentos “automáticos” devido à preparação e conhecimentos anteriores, Mourinho disse que há espaço para explorar «outras áreas» nos jogadores e garantiu que a equipa está a trabalhar normalmente e que até «está mais segura».

O treinador do Real Madrid mostrou-se ainda satisfeito por poder ter de antecipar alguns jogos da Liga espanhola para poderem ser vistos na China, situação que não só é positiva em termos comerciais, mas sobretudo «por permitir mais tempo à recuperação dos jogadores», quando poucos dias depois podem ter de disputar uma competição europeia.

Sobre a equipa do Evergrande, Mourinho defendeu que está num país com capacidade económica suficiente para poder evoluir, mas lembrou que o mais importante «é a paixão» demonstrada.

Após a partida em Cantão, a equipa do Real Madrid seguiu para o aeroporto da cidade e depois para Tianjin, onde vai defrontar a equipa local antes de regressar a Espanha.

Na partida de hoje, com uma assistência a rondar as 40 mil pessoas, segundo as contas de vários jornalistas chineses, a popularidade do Real Madrid em terras chinesas e de jogadores como Cristiano Ronaldo ou Kaká estiveram patentes cada vez que a bola era conduzida por estes atletas.

Aos gritos das bancadas, muitos espectadores envergavam camisolas do Real Madrid, muitas delas compradas à porta do estádio, onde dezenas de vendedores se acotovelavam para conquistar o melhor espaço para atrair clientela.

Garantindo a originalidade do produto – vendido a 100 yuan (cerca de 12 euros) a peça –, muitos vendedores conseguiram convencer o público a vestir a camisola do clube espanhol antes da entrada no estádio, onde o nome de Ronaldo era o mais visto nas costas de quem assistia.