O treinador do Real Madrid, José Mourinho, afirmou, após a vitória em casa sobre o Valência (2-0), que o mais importante "era ganhar" na 14.ª jornada da Liga espanhola de futebol, depois da goleada sofrida no Nou Camp, com o Barcelona (5-0).
"O mais importante hoje era ganhar um jogo muito difícil, porque não é fácil reagir a um dia péssimo e um resultado tão mau. Hoje, faltava-nos confiança e auto-estima. Era mais importante começar o jogo sem sofrer do que atacando. Por isso mudei a equipa, com a intenção de não sofrer, porque imaginei o que aconteceria à minha equipa e aos adeptos se entrássemos no jogo sem controlá-lo e sofrêssemos o primeiro golo", disse Mourinho, justificando a mudança de sistema.
O técnico explicou a ausência de um avançado centro, consciente de que a postura mais conservadora poderia merecer críticas.
"Queria pressionar mais e ter o jogo mais controlado. Não queria sofrer um golo, porque se o Valência ficasse em vantagem, a minha equipa não teria força psicológica para mudar o resultado. Essa foi a razão da estratégia. Não era uma mensagem para ninguém, sim para ganhar o jogo", afirmou.
Mourinho admitiu que a táctica era um risco, "porque se as coisas saíssem mal, o treinador seria muito criticado por entrar em campo em casa sem o seu único avançado centro".
"Sou assim. Não me deixo impressionar pelas consequências a nível de críticas", acrescentou.
O técnico escusou-se a falar sobre a expulsão de Albelda, por acumulação de cartões amarelos, quando o resultado ainda estava em branco: "Não quero falar do árbitro. Não posso. Se o fizer, não tenho de falar só da expulsão de Albelda, mas também de um penálti [sobre Di Maria] e de uma expulsão na sequência dessa jogada, entre outras coisas de que não quero falar".
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