O futebolista português do Villarreal Rúben Semedo vai voltar a pedir liberdade condicional sob fiança, anunciou hoje o advogado do internacional sub-21, detido desde fevereiro e acusado de delitos como tentativa de homicídio e sequestro.
Jorge Albertini explicou que a liberdade condicional vai voltar a ser requisitada, tendo como argumento a de que já não existem “causas pendentes” no processo do português, que hoje viu suspenso um julgamento por uma agressão em outubro de 2017, numa discoteca espanhola, após um acordo económico entre as duas partes.
“Já está em trâmite o recurso no qual solicitamos a liberdade, propondo o pagamento de uma fiança, a retirada do passaporte e afirmar quantas vezes for necessário para que o juiz acredite que não vai fugir à ação da justiça. Nunca o fez”, apontou Albertini, que realçou que Semedo tem uma filha e família.
Sobre o acordo judicial hoje alcançado, o advogado admitiu que será entregue uma compensação económica ao denunciante mediante a resolução de algumas “discrepâncias sobre o ocorrido”.
Albertini reforçou ainda a inocência do português, que considerou estar preso sobre “factos infundados” e que o caso se baseia no facto de ser uma figura pública e porque “sabem que pode resolver o caso e pagar algum tipo de indemnização”.
“O Rúben não foi o autor destes acontecimentos. Há uma serie de imprecisões, e isso já foi condenado publicamente. Porque temos de tomar como garantido o que declaram algumas pessoas? Todo o testemunho deve ser corroborado mediante um elemento factual”, acrescentou.
A mão de Rúben Semedo, Adelaida Gonçalves, disse hoje após a sessão no Tribunal de Valência que “não faz sentido” que o filho tenha cometido os crimes de que é acusado.
“Não têm provas. O Rúben não fez isto. Porque é que têm de duvidar da sua inocência? Dêem-lhe uma oportunidade para provar a sua inocência”, disse, entre lágrimas.
A mãe revelou ainda que o defesa “está a sofrer muito, desesperado, e é inaceitável porque não fez nada para estar nesta situação”.
Albertini disse ainda que a prisão de Semedo “por uma simples declaração” é uma injustiça, bem como a suspensão do salário por parte do Villarreal, que “sempre representou de maneira exemplar” e que agora o “dá como condenado”.
“Que necessidade teria o meu cliente de prender, agredir e roubar uma pessoa por cinco mil euros”, questionou o advogado, que se referiu a todo o caso como uma “invenção de uma história de romance”.
Semedo, de 23 anos, ia começar a responder hoje em tribunal pelo primeiro de vários crimes de que é acusado em Espanha, tendo sido detido em 19 de fevereiro último, por suspeitas de ter, juntamente com outras duas pessoas, sequestrado um homem a quem, sob ameaça com uma pistola, retiraram as chaves do apartamento, de onde roubaram dinheiro e objetos.
Comentários