A saída de Xavi Hernandéz do comando técnico do Barcelona no final da temporada foi o principal tema da conferência de antevisão ao jogo frente ao Osasuna, de quarta-feira. A demissão do técnico catalão foi oficializada no sábado, depois da pesada derrota frente ao Villarreal.

"É assim que me sinto. É assim. Fazem-te sentir um inútil todos os dias. Quando conversei com o Pep [Guardiola], ele disse-me isso. Vi o Luis Enrique sofrer. Temos de refletir. Temos um problema com as exigências desta posição. Parece que estamos a arriscar a vida a toda a hora. É por isso que digo que é cruel, não é agradável", afirmou.

O ex-jogador e agora treinador dos culés assumiu ainda que "não se valorizou o suficiente o trabalho feito e isso gera um desgaste". "É a minha sensação. Não é por não aguentar a pressão. Chegámos num dos momentos mais difíceis da história do clube", admitiu.

O treinador do Barcelona demonstrou ter ficado surpreendido com a onde de apoio dos jogadores do clube catalão: "Surpreenderam-me as mensagens e as chamadas. Vieram muitos jogadores falar comigo individualmente. A mim o que me importa mais é a qualidade humana. Há futebolistas que me emocionaram. O meu anúncio é para que a reação seja positiva. (…) Quero que a equipa seja a melhor nestes quatro meses. Há que dar um passo em frente. Dependemos muito que os jogadores estejam inspirados".

Ainda não disse o adeus mas Xavi já pensa num possível regresso a casa: "Não descarto voltar. Estou disponível para o que o clube precise, mas agora penso que não precisa de mim. Já tinha decidido. Creio que não se valoriza o trabalho", concluiu.