Roma e Feyenoord medem forças esta quarta-feira, 25 de Maio, em Tirana, na Albânia, na final da Liga Conferência Europa da UEFA. Quem vencer tornar-se-á no primeiro clube a erguer aquele que é o mais recente troféu de clubes da UEFA. Quer isto dizer que José Mourinho, treinador do conjunto italiano, poderá fazer (ainda mais) história no futebol europeu.

Mourinho à procura de se tornar ainda mais 'special'

Tendo vencido a Liga dos Campeões por duas vezes (uma pelo FC Porto e outra pelo Inter) e a UEFA Europa League também por duas vezes (ao leme de FC Porto e Manchester United), o técnico português tem a possibilidade de conquistar um terceiro troféu distinto nas competições de clubes da UEFA.

Mourinho regressa assim a um palco de uma grande decisão europeia, depois de ter conquistado a Liga Europa, em 2017, como treinador do Manchester United e pode conquistar o quinto troféu europeu da sua história. Pode desta forma tornar-se no terceiro treinador de sempre - e no primeiro português - a vencer três competições da UEFA.

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Mourinho pode, pois, chegar à restrita galeria de técnicos que triunfaram em três diferentes competições da UEFA, juntando-se ao italiano Giovanni Trapattoni e ao alemão Udo Lattek, ambos vencedores de Taça dos Clubes Campeões Europeus, Taça UEFA e Taça dos Vencedores das Taças. E, se apenas for tido em conta as competições da UEFA que existem atualmente, Mourinho é mesmo o único que pode vencer as três, sendo já o primeiro a marcar presença nas três finais.

Roma em busca do primeiro troféu europeu, Feyenord procura o quarto

Finalista vencida da Taça dos Campeões Europeus em 1984, a Roma perdeu frente ao rival da Serie A, o Inter, na sua única outra grande final da UEFA (a decisão a duas mãos da Taça UEFA de 1991), mas tem a oportunidade de conquistar o seu primeiro grande troféu continental em Tirana.

Vencedor da Taça dos Campeões Europeus em 1970, o Feyenoord conquistou a Taça UEFA em 1974 e em 2002, podendo assim tornar-se no primeiro clube a erguer os três principais troféus das competições de clubes da UEFA. A equipa de Arne Slot conta com o melhor marcador da competição, Cyriel Dessers (dez golos), mas perdeu por total de 3-2 ante a Roma no único encontro anterior entre os dois clubes, mais precisamente nos oitavos-de-final da Taça UEFA de 2014/15.

Albânia recebe pela primeira vez uma grande final europeia de clubes

A primeira final da Liga Conferência Europa da UEFA vai também ter um palco inédito no que toca a finais europeias de provas de clubes, com Tirana (e a Albânia) a receberem pela primeira vez o jogo de atribuição de um troféu de uma dessas provas.

A cidade de Tirana foi fundada em 1614, mas era uma cidade relativamente pequena até ser declarada a capital do país em 1920, com arquitectos austríacos e italianos a desempenharem um papel importante na criação da grande aparência da Praça Skanderbeg.

Construída com a ajuda do programa de assistência HatTrick da UEFA e localizada no local do antigo Estádio Qemal Stafa, a Arena Nacional de Tirana vai acolher a final. Trata-se de um recinto totalmente preparado para acolher a final da mais recente prova de clubes da UEFA.

O que esperar do encontro

Os dois finalistas são as duas equipas com mais golos na competição, tendo o Feyenoord marcado 28 golos em 12 jogos, mais um que a Roma. São também as equipas que possuem os dois melhores marcadores individuais da competição, com Cyriel Dessers, do Feyenoord, a levar dez golos, mais um que Tammy Abraham, da Roma. Espera-se, pois, uma final com golos.

Enquanto a Roma já perdeu duas vezes nesta UEFA Europa Conference League (ambas fora de casa e ambas com os noruegueses do Bodø/Glimt), o Feyenoord está invicto desde o início da fase de grupos.

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Apesar de ter somado apenas um ponto ante o Bodø/Glimt na fase de grupos, tendo perdido de forma sensacional por 6-1 fora antes de empatar em 2-2 em casa, a Roma superou a formação norueguesa no topo do Grupo C, marcando 18 gols - mais do que qualquer outra equipa na fase de grupos – antes de ultrapassar o Vitesse nos oitavos-de-final (1-0 f, 1-1 c). Emparelhado novamente com o Bodø/Glimt nos quartos-de-final, a equipa de Mourinho perdeu novamente na Noruega, por 2-1, mas recuperou para vencer por 4-0 em Roma. De seguida, superou o Leicester City nas meias-finais, empatando 1-1 fora antes de vencer por 1-0 em casa.

O Feyenoord, por seu lado, terminou seis pontos à frente do Slavia Praga no Grupo E, invicto, garantido uma vaga directa nos oitavos-de-final, onde somou mais duas vitórias ao eliminar confortavelmente o Partizan por 8-3 no total (5-2 f, 3-1 c). A equipa de Slot reencontrou os campeões checos nos quartos-de-final e derrotou-os por 6-4 no total (3-3 c, 3-1 f) antes de afastar o Marselha as meias-finais (3-2 c, 0-0 f).

Histórico (curto) de confrontos dá vantagem aos romanos

Houve apenas um embate anterior em provas da UEFA entre os dois clubes, com a Roma a vencer por 3-2 no total das duas mãos dos oitavos-de-final da UEFA Europa League de 2014/15, quando depois de um empate 1-1 na primeira mão no Stadio Olimpico foi a Roterdão vencer por 2-1, num encontro em que três jogadores – um do Feyenoord de Fred Rutten e dois da Roma de Rudi Garcia – foram expulsos.

O registo da Roma nas competições da UEFA frente a clubes dos Países Baixos é de 4 vitórias, 4 empates e 2 derrotas. Venceu todas as quatro eliminatórias anteriores contra adversários daquela nação, a última contra o Vitesse já nos oitavos-de-final desta temporada, e está invicta nos últimos sete jogos contra equipas da Eredivisie, tendo empatado os quatro jogos em casa e vencido os três fora.

O Feyenoord defrontou adversários italianos em 14 encontros de provas da UEFA e o registo é de 5 vitórias, 4 empates e 5 derrotas. A eliminação pela Roma há sete anos foi a única em eliminatórias frente a formações da Serie A, tendo-se apurado nos outros dois embates a eliminar contra formações italianas e acabado mesmo por conquistar a Taça UEFA de 2001/02 quando eliminou o Inter nas meias-finais.

Equipas prováveis: Rui Patrício e Sérgio Oliveira devem ser titulares

Roma: Rui Patrício; Mancini, Smalling, Ibañez; Karsdorp, Cristante, Sérgio Oliveira, Pellegrini, Zalewski; Zaniolo, Abraham

Feyenoord: Bijlow; Geertruida, Trauner, Senesi, Malacia; Aursnes, Til, Nelson, Kökçü; Sinisterra, Dessers

O que dizem os treinadores

José Mourinho, treinador da Roma: "Quando se trabalha em Roma, vive-se em Roma, respira-se Roma e respira-se este clube. Desde o dia em que assinei, senti que eles eram um grande clube, mas sem vitórias e poucas finais. Estou muito emocionado. Isto, para nós, é a nossa Champions League."

Arne Slot, treinador do Feyenoord: "Para chegar a uma final é preciso sorte nos momentos certos, mas este grupo de jogadores também tem qualidade. Deixámos as pessoas orgulhosas, mas ainda não acabou. Os adeptos sempre estiveram orgulhosos, mas acho que os deixámos muito orgulhosos, não só com as nossas actuações na Europa. Mas, sublinho, ainda não vencemos nada e queremos muito conseguir isso."

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