Portugal acolhe em junho a fase final da primeira Liga das Nações de futebol, na qual estão presentes também as seleções de Inglaterra, Holanda e Suíça, mas o treinador Paulo Fonseca evitar indicar os campeões da Europa como favoritos.
Numa entrevista à Lusa, o técnico bicampeão da Ucrânia pela Shakhtar Donetsk admite a crença em novo feito da ‘equipa das quinas’, mas vinca o poderio dos adversários, antecipando uma “competição muito equilibrada e difícil” para a formação comandada pelo selecionador Fernando Santos.
“É demasiado arriscado atribuir o favoritismo a PortugalÉ demasiado arriscado atribuir o favoritismo a Portugal. São seleções muito fortes, não podemos esquecer o que a Suíça tem feito nos últimos anos, e a Inglaterra teve também uma evolução muito grande. Agora, jogamos no nosso país e vai haver uma envolvência que vai motivar a seleção. Se acredito que podemos vencer? Acredito que sim, o nosso selecionador e os nossos jogadores têm-nos feito acreditar que na seleção tudo é possível”, diz.
Depois da vitória no Campeonato da Europa de 2016, a seleção portuguesa enveredou por um processo de rejuvenescimento gradual e Fernando Santos dispõe agora de uma equipa bastante mais nova. Para Paulo Fonseca, “é difícil fazer a comparação” com a atual geração e aquela que subiu ao trono europeu em França, mas há uma certeza clara no discurso do técnico de 46 anos: o futuro da seleção está assegurado.
“Portugal tem garantido o futuro nos próximos anos com os jogadores que estão a surgir na seleção e, principalmente, nos grandes clubes portugueses. Há muitos jovens talentos que vão, obrigatoriamente, ser a cara desta seleção. Por isso, acho que Portugal vai continuar a ser forte e que temos, garantidamente, um futuro risonho. Temos jogadores de grande qualidade a aparecer”.
O treinador português do Shakhtar Donetsk enfatiza ainda o atual “leque de escolha muito alargado” para o selecionador, considerando-o “um sinal de vitalidade” do futebol nacional.
Questionado sobre a hipóteses de um dia vir a assumir o cargo de selecionador, Paulo Fonseca descarta por agora esse cenário.
“Acho que vai ser uma situação muito difícil de acontecer. Se calhar, daqui a uns anos posso estar a pensar de maneira diferente, embora, para já, não. Não digo que seja impossível, mas quero estar em ação todos os dias e, por isso, trabalhar numa seleção é algo em que não penso neste momento”, finaliza.
Os campeões da Europa disputam uma meia-final, dia 05 de junho frente à Suíça, no Estádio do Dragão, no Porto, enquanto ingleses e holandeses lutam pelo acesso à final no dia seguinte, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães. O duelo pelo título de campeão da Liga das Nações está marcado para 09 de junho, novamente no Dragão.
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