Aí está o jogo mais esperado a nível de clubes: A final da Liga dos Campeões coloca frente a frente Real Madrid e Liverpool, numa reedição da final de 2018, ganha claro está pelos merengues, o maior 'papa-copas' da história da competição milionária e também da antiga Taça dos Campeões.
Frente a frente vão estar duas superequipas que estão a patentear autênticas épocas de sonho. O Liverpool falhou por um triz a conquista da Premier League, depois de ter terminado a um ponto do campeão City. Em caso de sucesso, os 'reds' podem conquistar até três títulos este ano, depois dos triunfos na Taça da Liga inglesa e Taça de Inglaterra.
Já o Real Madrid, depois de garantir o título de campeão espanhol, procura o 14.o troféu da Champions, liderado claro está por Karim Benzema, que já trintão, atravessa a melhor forma de sempre, bem ladeado por Vinícius Junior e com as pedras basilares Luka Modric e Toni Kroos.
Forma de jogar:
Os merengues vão alinhar num 4-3-3, com Courtois como o esteio na baliza, Éder Militão na defesa, Casemiro, Modric e Kroos no miolo. Benzema é a referência, ladeado por Valverde e Vinícius. Do banco também pode saltar a arma secreta Rodrygo.
O Liverpool também joga preferencialmente no mesmo sistema dos merengues, com um pressão sufocante sobre o adversário. A chegada de Diogo Jota e de Luís Díaz no ano anterior serviram para fortalecer a armada de Jurgen Klopp. Salah é a grande referência dos reds e o egípcio espera certamente que a inspiração consiga acompanhá-lo na final frente aos merengues.
Quatro anos depois da infeliz final de Karius
Liverpool e Real Madrid voltam a medir forças quatro anos depois de Gareth Bale assumir o papel de herói - na final de Paris arrisca-se a não ser utilizado - com um grande pontapé de bicicleta e depois da exibição desastrosa do guardião Karius. É assim uma reedição da final de 2018, em que os merengues conquistaram a 13.ª Champions.
Gareth Bale marcou dois golos, Karim Benzema o outro tento do Real Madrid, com Sadio Mané a marcar para o Liverpool (3-1) . Mas foi o alemão Karius que entregou de bandeja a final ao adversário. Em 1981 as duas equipas também se defrontaram na final da Champions, mas o Liverpool venceu por um golo. Os 'reds' conquistaram a última orelhuda em 2019, depois de um triunfo frente ao Tottenham em Madrid.
No sábado, em Saint-Denis, vão estar frente a frente dois dos clubes que mais vezes venceram a competição e que mais vezes participaram na final, com o Real Madrid a atingir a sua 17.ª decisão e o Liverpool a 10.ª.
Percurso da Liverpool e Real Madrid até à final da Champions (Agência Lusa)
Apesar da surpreendente derrota caseira com o Sheriff, os espanhóis fecharam a fase de grupos como líderes, à frente de Inter Milão, dos moldavos e do Shakhtar Donetsk, apurando-se pela 25.ª vez consecutiva para a fase a eliminar da ‘Champions’, na qual reforçaram a ‘relação’ especial que mantêm com esta competição, tal foi a forma quase ‘épica’ como ultrapassaram três ‘novos ricos’ do futebol europeu: Paris Saint-Germain, Chelsea e Manchester City.
Os parisienses estiveram à beira do apuramento nos oitavos de final, com um triunfo por 1-0 na primeira mão e uma vantagem de 1-0 na segunda, só que Benzema desfez as ‘esperanças’ dos compatriotas e, em 17 minutos, assinou o ‘hat-trick’ que colocou o conjunto de Carlo Ancelotti nos ‘quartos’.
A vitória por 3-1 em casa do Chelsea, novamente com três tentos do francês, parecia lançar o Real Madrid para a fase seguinte, mas os ingleses responderam na capital espanhola e chegaram ao 3-0 que lhes dava a qualificação, não fosse o brasileiro Rodrygo reduzir e obrigar ao prolongamento, durante o qual Benzema assegurou a passagem dos madridistas.
Como não há duas sem três, a meia-final diante do Manchester City também foi pródiga em suspense: os ingleses venceram em casa por 4-3 e estiveram quase a repetir a presença na decisão quando Mahrez dilatou a vantagem na eliminatória, em Madrid. Contudo, Rodrygo anulou essa vantagem, com golos aos 90 e 90+1 minutos, e Benzema – mais uma vez – confirmou a passagem no prolongamento.
Mais tranquilo foi o percurso do Liverpool, de Diogo Jota, que fez uma fase de grupos imaculada, com seis vitórias no mesmo número de jogos, perante FC Porto, Atlético de Madrid e AC Milan, antes de eliminar o Inter Milão nos oitavos de final, com um triunfo por 2-0 em Itália e um desaire por 0-1 em casa.
Seguiu-se o Benfica nos quartos de final, com a formação comandada por Jurgen Klopp praticamente a consumar a qualificação no Estádio da Luz (vitória por 3-1), antes de empatar 3-3 em Anfield Road, um ‘relaxamento’ idêntico ao que se verificou nas meias-finais e que, nesse caso, poderia ter tido consequências nefastas para a equipa inglesa.
Depois do 2-0 alcançado em Inglaterra, os ‘reds’ viram o Villarreal empatar a eliminatória no ‘El Madrigal’, mas Fabinho, Luis Diaz e Sadio Mané deram expressão à reação avassaladora do Liverpool, que venceu por 3-2 e apurou-se para a final, um ano depois de ter caído nos quartos de final da prova ‘milionária’, aos pés do Real Madrid.
O que disseram os treinadores
Jurgen Klopp: "Quem é favorito? Não é fácil responder a essa pergunta, mas vocês já viram as reviravoltas do Real Madrid, uma equipa que nunca perde uma final. Então, eu diria que eles são ligeiramente favoritos, pela sua maior experiência nestes jogos decisivos”, afirmou o técnico.
Carlo Ancelotti: “Tenho boa memória de todas as minhas finais e é um pouco estranho pensar que aquela em que a minha equipa [o AC Milan] jogou melhor, frente ao Liverpool, em 2005, perdeu. Não vou dizer aos jogadores para jogarem mal, mas, numa final, tudo pode acontecer e há que estar preparado para isso”, referiu Ancelotti.
Equipas prováveis
Real Madrid: Courtois; Carvajal, Éder Militão, Alaba, Mendy; Kroos, Casemiro, Modrić; Valverde, Benzema, Vinícius Júnior
Liverpool: Alisson; Alexander-Arnold, Konaté, Van Dijk, Robertson; Henderson, Fabinho, Keïta; Salah, Mané, Luis Díaz
A final da Champions tem lugar este sábado, às 20h0, e vai opor o Liverpool, seis vezes campeão, defronta o Real Madrid, 13 vezes vencedor da competição. A partida realiza-se no Stade de France, em Saint-Denis, França.
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