Mais do que um simples jogo de futebol, esta vitória marca também uma vantagem (possivelmente) decisiva para Lionel Messi na corrida com Cristiano Ronaldo para o ceptro de melhor jogador do Mundo em 2009.

Os ingleses, que defendiam o título conquistado no ano anterior, entraram melhor na partida, com vários remates de Ronaldo, a mostrar a sua vontade de liderar os red devils a nova conquista. No entanto, o ímpeto dissipou-se com a eficácia cataçã, demonstrada logo aos 10 minutos por Eto’o. O camaronês ultrapassou Vidic e rematou forte e sem hipóteses para Van der Sar.

À vantagem no marcador juntou-se então a imposição do estilo de jogo blaugrana, que obrigou o Manchester United a abusar dos passes longos, sem conseguir uma grande ligação entre os sectores. Com um futebol algo desconexo e demasiado dependente dos raides de Ronaldo e Rooney, os red devils tornaram-se presas fáceis para a equipa de Pep Guardiola.

A segunda parte foi um espelho dos primeiros 45 minutos. Entrada forte do Manchester e resposta do Barcelona com golos. A ‘teia’ catalã era sublinhada com uma grande eficácia e desta feita foi Messi a arrumar as contas da final. Com um improvável cabeceamento, o pequeno craque argentino fez o 2-0, após um excelente cruzamento de Xavi. Messi apontou assim o nono golo na competição, registo que o eleva a melhor marcador desta edição da Liga dos Campeões.

O tento de Messi colocou um ponto final no embate de gigantes em Roma, inscrevendo o Barcelona pela terceira vez na sua história como campeão europeu (depois de 1992 e 2006).

A final na capital italiana fecha também com ‘chave de ouro’ a época de estreia de Pep Guardiola como treinador. Depois de vencer a prova pelo Barcelona enquanto jogador no ano de 1992, Guardiola alcança um inédito ‘triplete’ (Liga, Taça e Champions) na sua primeira época ao comando da equipa ‘blaugrana’.