O Benfica não foi além de um empate a 1-1 com o PAOK em jogo a contar para a primeira mão do playoff de acesso à Liga dos Campeões e parte agora em desvantagem para a decisão em Salónica com a obrigação de marcar golos. A equipa de Rui Vitória foi dominadora em todos os capítulos mas falhou no mais importante: a finalização. Pizzi abriu o marcador de grande penalidade, mas o PAOK empatou já na reta final no único remate enquadrado à baliza de Vlachodimos em todo o jogo.
Três dias depois de vencer o Boavista no Estádio do Bessa, por 2-0, a contar para o campeonato, o Benfica regressou esta terça-feira ao Estádio da Luz para um dos jogos mais importantes da época dada a importância financeira da entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões. Rui Vitória teve um contratempo de última hora e Salvio ficou fora do jogo. Para o lugar do extremo argentino surgiu Zivkovic e a partida contra o PAOK começou com o Benfica a dar sinais muito positivos.
A começar desde logo com um lance aos 5' minutos de jogo invalidado pela equipa de arbitragem. Gedson introduziu o esférico na baliza de Paschalakis, mas as equipa de arbitragem anulou o lance por fora de jogo.
Apesar de haver poucos remates enquadrados nos instantes iniciais da partida por parte do Benfica, a qualidade do passe dos jogadores 'encarnados' demonstrava confiança perante uma equipa do PAOK bem organizada defensivamente, e acima de tudo com 'licença' para rematar sempre que possível à baliza defendida por Vlachodimos.
Com o passar do tempo, Cervi e Pizzi começaram a destacar-se na partida com a criação de vários lances de perigo junto à área do PAOK. Em pouco menos de 10 minutos, o Benfica criou mais de quatro lances de golo, mas as ocasiões flagrantes esbarram na classe de Paschalakis. O guarda-redes do PAOK esteve intransponível nesta fase do encontro e apesar do domínio do Benfica parecia que o jogo ia para intervalo com um nulo no marcador.
No entanto, a pressão incutida pelos jogadores do Benfica deu frutos e ainda antes do regresso aos balneários Pizzi abriu o marcador após uma conversão com êxito de uma grande penalidade cometida sobre Gedson Fernandes.
No segundo tempo, o Benfica entrou determinado em ampliar a vantagem para justificar o seu domínio de jogo, mas com o passar do tempo as oportunidades criadas não foram convertidas e a condição física de alguns jogadores importantes começou a notar-se no rendimento ofensivo.
Aos 65' minutos, Rui Vitória fez a primeira substituição do jogo com a entrada de Rafa para o lugar de Zivkovic. Os lances de perigo continuaram a suceder-se junto à baliza de Paschalakis, mas o guardião do PAOK esteve sempre num plano acima da média e aos 66' minutos protagonizou uma enorme defesa após remate colocado de Grimaldo.
E como se costuma dizer na gíria do futebol que, "quem não marca, sofre", o PAOK acabaria por chegar ao golo do empate aos 76' minutos num lance de bola parada e concluído com sucesso por Amr Warda depois de alguma confusão na área do Benfica.
Em desvantagem na eliminatória, Rui Vitória procurou 'resfrescar' o ataque com a entrada de Seferovic e João Félix para os lugares de Cervi e Pizzi. O Benfica procurou de todas as formas regressar à vantagem, mas na reta final Paschalakis voltou a brilhar ao negar um golo a Ferreyra aos 86' minutos após passe de excelência de João Félix.
Com este resultado adivinham-se muitas dificuldades para o Benfica na deslocação à Grécia uma vez que o conjunto da Luz está obrigado a marcar golos para regressar à vantagem na eliminatória. Por sua vez, o PAOK demonstrou porque eliminou equipas com Basileia e Spartak de Moscovo e em sua casa irá querer mostrar 'outra face', mais dominadora certamente.
No final do jogo, Rui Vitória garantiu que o Benfica vai à Grécia para lutar pelo triunfo e lamentou a falta de eficácia dos seus jogadores perante o bom futebol produzido. O técnico dos 'encarnados' reiterou ainda a sua confiança na qualidade dos seus atletas e mostrou-se convicto na presença do Benfica na fase de grupos da Liga dos Campeões.
"Tivemos mais do que uma oportunidade para golo e não concretizámos e por isso ficámos com essa tristeza. O resultado não traduz o valor destas equipas, mas ainda não acabou pois falta um jogo. Agora vamos jogar com o Sporting, somos uma equipa com personalidade que pode ganhar em qualquer campo e na Grécia vamos fazer de tudo para passar. Sinto alguma mágoa pela qualidade da minha equipa pois construímos várias jogadas bem delineadas que depois não foram materializadas em golo. Os meus jogadores mereciam a finalização pois fizemos um conjunto de jogadas bem delineadas em que encostamos o adversário à sua área, mas não conseguimos concretizar. Se tivermos metade destas bolas lá na Grécia e tivermos 50 por cento da eficácia vamos ganhar o jogo", afirmou Rui Vitória em conferência de imprensa.
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