O Benfica só acordou para o jogo na etapa complementar, e quando isso aconteceu já tinha deixado 45 minutos para trás e um resultado adverso de 2-1, que não se alterou até final.

Primeira parte 

O Spartak entrava obrigado a vencer, depois das derrotas nas duas primeiras jornadas, e isso fez-se sentir na forma como os jogadores desta equipa entraram em campo. Habituados ao relvado sintético e ao frio que se faz sentir na capital moscovita, o Spartak não demorou portanto a aquecer.

Uma perda de bola de Matic originou um rápido contra-ataque que os moscovitas transformaram em golo logo aos três minutos, por Rafael Carioca.

O meio-campo encarnado não aparecia no jogo, e era o Spartak que surgia como dono e senhor da partida. Do banco, Jorge Jesus bem vociferava, mas as suas instruções perdiam-se antes de chegar ao terreno de jogo, face ao que se passava.

Aos 24 minutos, o Spartak poderia ter chegado aos 2-0, com Ari a atirar a bola à barra. Este era um Benfica irreconhecível, contra um endiabrado ataque russo. Tinha-se passado meia-hora e o jogo do Benfica era sofrível. Valeu o golo de Lima (33') pouco depois para travar o que se estava a passar em campo.

Estávamos perante o melhor período dos encarnados, mas que também não chegou para ficar. Uns minutos e já os russos dominavam novamente. Perto do intervalo veio o segundo golo da equipa de Unai Emery. Foi Jardel quem o apontou num lance infeliz, mas a pressão que era exercida pelo adversário acabou por fazer o Benfica errar.

Segunda parte

O treinador Jorge Jesus terá dito das boas aos seus jogadores e um dos seus “puxões de orelhas” estará relacionado com a pressão no meio campo. Uma batalha quase sempre perdida nos primeiros 45 minutos.

Recomeçou a segunda parte, e os jogadores encarnados pareciam sedentos de começar a inverter a tendência do jogo. Palmo a palmo, o Benfica foi ganhando terreno e encostando o adversário. Faltavam as oportunidades e a criatividade.

Depressa Jorge Jesus fez entrar Gaitán e Cardozo. Era preciso dar o tudo por tudo. O Benfica pressionava e muito. Mas não se via uma estratégia concertada, via-se um grande coração, muita vontade. Só que também era necessário pensar antes de agir e muitas vezes isso não aconteceu.

Acabou o resultado por não se alterar e o Benfica saiu de Moscovo com uma derrota. As coisas complicam-se para os encarnados nesta fase de grupos, pois ainda só somaram um ponto em três jogos e estão no último lugar.