Esta quarta-feira, o FC Porto joga cartada decisiva na Liga dos Campeões, onde vai discutir com a Roma o apuramento para os quartos de final, com os transalpinos a partirem com curta vantagem depois do triunfo por 2-1 na primeira mão.

A vitória do conjunto romano foi, de resto, a única no histórico de confrontos entre as duas equipas. Até então os 'dragões' nunca tinham perdido - dois triunfos e dois empates, traduzidos em dois apuramentos em outras tantas eliminatórias nas competições europeias.

Em 1981/82, o FC Porto superou o conjunto da capital transalpina na segunda eliminatória da extinta Taça das Taças, com um triunfo caseiro (2-0) na primeira mão, disputada a 21 de outubro de 1981, com tentos do irlandês Mike Walsh, a acabar a primeira parte, e de Costa, no arranque da segunda.

Duas semanas depois, em Roma, a equipa 'azul e branca', comandada pelo austríaco Hermann Stessl, selou o apuramento, ao conseguir manter inviolável a baliza defendida por Fonseca, que tinha à sua frente Gabriel, Simões, Freitas e Lima Pereira. Na altura, os 'dragões' garantiram um lugar nos quartos de final da prova, fase em que tombaram perante os belgas do Standard Liège, com um desaire fora por 2-0, seguido por um empate caseiro a dois tentos.

Volvidos 35 anos, os dois conjuntos reencontraram-se, agora na corrida à fase de grupos da Liga dos Campeões, com o FC Porto a revelar-se novamente mais forte.

Na terceira pré-eliminatória de acesso à Champions, em 2016/17, os portistas voltaram a ser os anfitriões da primeira mão, mas, desta vez, foram em desvantagem para Itália, face a um empate 1-1: um autogolo do central Felipe, aos 21 minutos, inaugurou o marcador, com André Silva a empatar de penálti, aos 61'.

Em Roma, o FC Porto acabou por conseguir o apuramento sem problemas, face a um tento madrugador (oito minutos) de Felipe e sobretudo ao 'hara-kiri' dos anfitriões, com os vermelhos diretos de De Rossi (39') e Emerson (50'). A jogar contra nove, os comandados de Nuno Espírito Santo acabariam por chegar com naturalidade ao 3-0, com golos mexicanos de Layún (73 minutos) e Corona (75').

A este registo invicto seguiu-se a derrota no passado dia 12 de fevereiro, na capital italiana, com a Roma a chegar à vantagem graças a um ‘bis’ de Zaniolo, aos 70 e 76 minutos. No entanto, um tento de Adrián Lopez, aos 79', colocou os ‘dragões’ a necessitar apenas de vencer por 1-0 em casa, deixando a eliminatória em aberto.

Esquecendo este último resultado, convém referir que é também à custa da Roma que o FC Porto consegue um balanço positivo no total dos confrontos a duas mãos face a conjuntos italianos, com cinco apuramentos e quatro eliminações: superou o AC Milan (1979/80), Lazio (2002/03) e Nápoles (2013/14), 'tombando' face a Nápoles (1974/75), Sampdoria (1994/95), Inter de Milão (2004/05) e, mais recentemente, Juventus (2016/17).

O balanço global dos portistas é, ainda assim, negativo, face aos dois 'desaires' nos embates mais importantes, a final da Taça das Taças de 1983/84, perdida em Basileia face à Juventus (1-2), e a Supertaça Europeia, cedida perante o AC Milan (0-1), no Mónaco, em 2003.

Somando todos os jogos frente a equipas transalpinas, os 'dragões somam oito vitórias, nove empates e 13 derrotas, com 26 golos marcados e 30 sofridos.

O encontro entre o FC Porto e a Roma está marcado para quarta-feira, a partir das  20h00, no Estádio do Dragão.

*Artigo originalmente publicado no dia 05/03