O FC Porto, corecordista de presenças na fase de grupos da Liga dos Campeões em futebol, tem um Grupo G à ‘medida’ para um 12.º apuramento, à 21.ª tentativa, para a fase a eliminar.

O Leicester, vencedor surpresa da edição transata da Liga inglesa, o Club Brugge e o FC Copenhaga são os adversários do FC Porto, que dificilmente falhará um dos dois primeiros lugares, de acesso aos oitavos de final.

A formação portista, agora com Nuno Espírito Santo no lugar de Julen Lopetegui, não poderá, no entanto, facilitar, bastando lembrar a época passada, em que estava em situação idêntica e acabou ‘enganado’ pelo Dinamo Kiev.

Mais do que os adversários, o FC Porto precisa, porém, de se reencontrar ou de encontrar o seu futebol, depois de um defeso em que esteve muito pouco ativo no mercado, tanto ao nível de vendas como de compras.

Os defesas Felipe e Alex Telles, o médio Octávio e o ponta de lança André Silva têm sido as novidades no ‘onze’ portista, mas outros podem aparecer em breve, nomeadamente o regressado Óliver, o recém-contratado Boly ou o ‘resgatado’ Brahimi.

Ainda com Casillas, Maxi Pereira, Marcano, Layún, Danilo Pereira, Herrera, André André, Corona ou Ruben Neves, o ex-técnico do Valência tem argumentos mais do que suficientes para recolocar o FC Porton os ‘oitavos’, dois anos depois.

Mesmo ‘rookie’ nas andanças da ‘Champions’, o Leicester, mais do que improvável campeão inglês, é, claramente, o mais perigoso adversário do FC Porto, até porque, apesar de ter tido algumas baixas, o veterano italiano Claudio Ranieri conseguiu segurar a maioria dos seus principais jogadores.

Jamie Vardy e Riyad Mahrez, que ‘infernizaram’ a última edição da ‘Premier League’, voltam para a estreia das ‘raposas’ na prova, tal como Kasper Schmeichel, Huth, Fuchs, Morgan, Simpson ou Drinkwater.

A baixa do francês Ngolo Kanté foi a única verdadeiramente importante no Leicester, que se reforçou, nomeadamente no ataque, com as aquisições do nigeriano Musa e do argelino Slimani, contratado ao Sporting.

O Leicester, que não tem uma dezena de jogos europeus, dificilmente poderá repetir a temporada transata, mas, na Europa, pode sonhar em chegar, pelo menos, aos oitavos de final, juntamente com os ‘dragões’.

Campeão belga em 2015/16, o Club Brugge tem como principal referência o seu treinador, o ex-guarda-redes Preud’Homme, que encantou na baliza do Benfica.

Finalista da Taça UEFA em 1975/76 e da Taça dos Campeões em 1977/78, dois título que ‘fugiram’ pata o Liverpool, o clube belga não tem hoje grandes jogadores no seu plantel, destacando-se o avançado Jelle Vossen.

Quanto ao FC Copenhaga, o campeão da Dinamarca, as suas armas são ainda mais diminutas, sobressaindo o jovem avançado Andreas Cornelius.

Os escandinavos dificilmente poderão repetir 2010/11, única época em que conseguiram ultrapassar a fase de grupos, ao ficarem à frente de Rubin Kazan e Panathinaikos, num agrupamento conquistado pelo FC Barcelona.

A formação portista arranca face ao FC Copenhaga, no Dragão, para, depois, jogar em Inglaterra. Seguem-se os dois confrontos com o Club Brugge, o primeiro na Bélgica, a deslocação à Dinamarca e, a fechar, a receção ao Leicester.