Os treinadores portugueses estão fora da fase de grupos da Liga dos Campeões de futebol, em equipas estrangeiras, pela terceira época consecutiva, com a representação lusa a ser feita ‘fora de portas’ por 25 futebolistas.

De 2002/03 a 2020/21, os técnicos nacionais estiveram sempre presentes - com José Mourinho como expoente máximo, ao arrebatar a prova em 2009/10, pelo Inter Milão -, mas, desde 2021/22, só ‘cabem’ em equipas de Portugal.

Luís Castro (Shakhtar Donetsk), André Villas-Boas (Marselha) e Pedro Martins (Olympiacos), em 2020/21, foram os últimos treinadores lusos a orientar conjuntos forasteiros no arranque da fase de grupos da ‘Champions’.

Em 2023/24, 18 dos 32 clubes são orientados por treinadores dos respetivos países, enquanto 14 contam com estrangeiros ao comando, incluindo o Benfica, liderado pela segunda temporada consecutiva pelo alemão Roger Schmidt.

Sérgio Conceição, no FC Porto, e o estreante Artur Jorge, na liderança do Sporting de Braga, são, assim, os únicos técnicos portugueses presentes.

Países Baixos e Espanha são as nações com mais técnicos a comandar clubes de outros países, ambos com três, sendo que os espanhóis orientam os ‘gigantes’ Manchester City (Pep Guardiola), Paris Saint-Germain (Luis Enrique) e Arsenal (Mikel Arteta).

No total, entre treinadores que lideram clubes dos seus países ou de outros, os espanhóis ‘mandam’ a solo, com seis, seguidos dos neerlandeses, com cinco, e dos alemães e dos italianos, ambos com quatro.

Destaque ainda para o facto de 31 dos treinadores serem europeus, com apenas uma exceção, no argentino Diego Simeone, que lidera o Atlético de Madrid desde dezembro de 2011.

Portugal não tem qualquer treinador em equipas estrangeiras, mas conta com um contingente de 25 futebolistas, muitos dos quais em equipas candidatas a vencer a edição 2023/24 da prova.

Rúben Dias, Bernardo Silva e o reforço Matheus Nunes estão no campeão Manchester City, Raphaël Guerreiro está agora no Bayern Munique, Rafael Leão é figura no AC Milan, Diogo Dalot e Bruno Fernandes atuam no Manchester United e, sobre o final do mercado, João Cancelo e João Félix acabaram no FC Barcelona.

O maior lote está no Paris Saint-Germain, que conta com quatro internacionais ‘AA’, o defesa esquerdo Nuno Mendes, o polivalente Danilo Pereira, o médio Vitinha e ainda o avançado Gonçalo Ramos, recrutado ao Benfica.

No que respeita a jogadores que já alinharam, pelo menos uma vez, na seleção principal, também estão presentes André Silva (Real Sociedad), Mário Rui (Nápoles), Sérgio Oliveira (Galatasaray) e Cédric, que alinha no Arsenal com os compatriotas Fábio Vieira e Lino Sousa.

Diogo Leite (Union Berlim), Diogo Gonçalves (Copenhaga), Paulo Bernardo (Celtic), Fábio Carvalho (Leipzig), David Costa (Lens) e Joël Monteiro (Young Boys) completam o lote de jogadores lusos em conjuntos estrangeiros da ‘Champions’.

Dos oito grupos, todos têm portugueses e três somam cinco, o A, que conta com representantes em todos (Bayern, United, Copenhaga e Galatassaray), o F, de PSG e Milan, e o G, com City, Leipzig e Young Boys.