O Villarreal eliminou o Bayern e apurou-se na terça feira para as mais finais da Liga dos Campeões de futebol, repetindo feito com 16 anos, tal como o Real Madrid, que precisou de prolongamento para eliminar o campeão Chelsea.
O ‘submarino amarelo’ já surpreendera na primeira mão, ao vencer o poderoso ‘gigante’ alemão por 1-0 e voltou a surpreender, ao impor agora um empate em Munique a um golo, repetindo a proeza de 2005/06, quando chegou à mesma fase da prova, na qual viria a ser afastado da final pelos ingleses do Arsenal, que venceram em Londres por 1-0 e empataram sem golos em Espanha.
É verdade que o Bayern dominou durante maior parte do jogo, que o Villarreal defendeu em bloco baixo desde o início da partida, retirando espaços à ‘máquina ofensiva’ germânica, mas, no final, quem sorriu foram os espanhóis, que marcaram o golo que valeu o apuramento a dois minutos do fim, num lance de contra-ataque, concluído por Samuel Chukwueze.
De realçar que houve dedo do ‘mister Liga Europa’ Unai Emery, que lançou o avançado nigeriano aos 84 minutos, a render o médio francês Francis Coquelin, e aquele, quatro minutos depois colocou o Villarreal nas meias-finais da Liga dos Campeões.
O Bayern, depois de passar a primeira parte a chocar contra o ‘muro’ erguido pelo Villarreal, chegou à vantagem, igualando a eliminatória, aos 52 minutos, pelo inevitável Lewandowski, a aproveitar um erro do central Albiol numa saída de bola, e podia mesmo ter resolvido a questão não fosse a falta de inspiração de Thomas Muller na definição dos lances.
No entanto, o Villarreal manteve-se fiel à sua estratégia até ao final e acabaria por ser premiado a dois minutos do final da partida, com o golo de Chukwueze, punindo o Bayern por não ter sido suficientemente competente para ultrapassar o sétimo classificado da Liga espanhola.
Quem também garantiu uma vaga nas meias-finais foi o Real Madrid, mas teve de sofrer a bom sofrer e deve agradecer o grande momento de forma de Karim Benzema e a classe de Luka Modric, num jogo em que o Chelsea foi superior em todos os seus parâmetros.
Tal como na eliminatória anterior, com o Paris Saint-Germain, a equipa ‘merengue’ voltou a ser, parcialmente, bafejada pela fortuna, e teve o mérito de ter sabido sofrer e ter sido eficaz nos longos períodos em que o Chelsea esteve por cima do jogo.
A equipa inglesa chegou ao intervalo a vencer por 1-0, com um grande golo de Mason Mount, aos 15 minutos, voltou a marcar no início da segunda parte, aos 51, pelo central alemão Antonio Rudiger, pondo a eliminatória em pé de igualdade, depois do triunfo do Real Madrid por 3-1, em Londres.
A um quarto de hora do fim, o Chelsea fez o 3-0, por Timo Werner, e pensou-se que o destino do Real Madrid estava traçado, mas Rodrygo, lançado dois minutos antes, igualou a eliminatória aos 80, graças a um lance genial de Modric, o qual, com a parte exterior do pé direito, foi descobrir o brasileiro na área.
No inevitável prolongamento, prevaleceu a maior eficácia do Real Madrid e o grande momento de forma de Benzema, a fazer de cabeça, a passe de Vinicius Júnior, o golo que valeu uma vaga nas meias-finais, mesmo que para isso tivesse de sofrer a bom sofrer nos últimos minutos do tempo extra.
Nas ‘meias’, o Villarreal mede forças com o vencedor do duelo entre Liverpool e Benfica, muito inclinado para os ingleses, que venceram por 3-1 na Luz e são anfitriões do jogo de quarta-feira, dia em que, em Madrid, Atlético e Manchester City decidem quem defronta o Real Madrid. No Etihad, os ‘citizens’ ganharam 1-0.
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