Prioridades. Sérgio Conceição mostrou, na noite de quinta-feira, que as tem bem definidas e que a Liga Europa não era, definitivamente uma delas.
O treinador do FC Porto não o tinha escondido já na conferência de imprensa que antecedeu a partida da segunda mão dos oitavos-de-final com o Lyon, lembrando a importância do jogo que se segue, no terreno do vizinho Boavista, para a I Liga, e confirmou-o com o onze inicial que lançou em campo.
É que no banco começaram, por exemplo, Taremi, Evanilson e Vitinha, três dos jogadores em melhor forma e que mais nas vistas têm dado nos 'dragões' nos últimos tempos. É verdade que, mesmo com os jogadores que Conceição lançou em campo, o FC Porto esteve sempre na luta pela eliminatória. Mas a verdade é que quando esses homens saltaram do banco, a 15 minutos dos 90, os azuis e brancos acabaram por ficar perto de levar o jogo para prolongamento, com Vitinha a perder uma ocasião de golo flagrante mesmo a fechar.
Na cabeça de todos ficará sempre um 'e se..', mas o que conta para a história é o resultado e esse diz que o FC Porto está fora das provas europeias, afastado por uma equipa que durante largos períodos da eliminatória pareceu estar perfeitamente ao seu alcance.
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O jogo
Os atuais líderes da I Liga entraram, então, em campo com muitas novidades no 'onze' e o encontro não começou da melhor maneira para os seus lados: decorridos apenas 13 minutos de jogo, a defesa azul e branca - mais concretamente Zaidu - falhou na tentativa de colocar Dembélé em fora de jogo e este aproveitou para se isolar e, na cara de Diogo Costa, inaugurar o marcador.
O FC Porto via, então, os quartos-de-final ainda mais longe e tentou reagir. Começou a surgir mais vezes no meio-campo contrário, ameaçou uma vez e à segunda igualou o marcador, com um golaço de Pepê. O brasileiro está definitivamente, enfim, a mostrar o porquê da sua contratação e marcou o seu segundo golo neste mês de março.
A partida continuou a ser jogada a bom ritmo e ambas as equipas podiam ter marcado antes do intervalo, mas na segunda parte o FC Porto mostrou dificuldades para criar verdadeiros lance de perigo e, em contra-ataque, foi o Lyon que ameaçou por duas vezes, valendo então Diogo Costa na baliza dos 'dragões'.
Com os minutos a passarem, Sérgio Conceição lançou, enfim, alguns dos jogadores que tinha poupado e a acutilância ofensiva voltou. Mas, apesar de Pepe, primeiro, num remate de longe que rasou o poste, e Vitinha, depois, no tal lance quase surreal praticamente na última jogada do encontro, terem ficado perto de marcar, o resultado não mexeu mais e o FC Porto viu-se arredado do sonho de voltar a conquistar a Liga Europa.
O momento
Minuto 90+2'. O FC Porto precisava de um golo para empatar a eliminatória e levar a decisão para prolongamento (os golos fora já não contam a dobrar). Fábio Vieira bateu um livre para a grande área do Lyon, Pepe desviou de cabeça e a bola sobrou para Vitinha, que vinha de posição regular. O jovem portista pareceu querer tocar para Mehdi Taremi em vez de finalizar, mas pisou a bola e esta sobrou para as mãos de Anthony Lopes. Foi o canto do cisne do FC Porto.
O melhor
Não apenas pelo grande golo que marcou, mas também pelo que foi tentando criar, o brasileiro Pepê foi, sem dúvida, o jogador em maior evidência do lado do FC Porto.
O pior
O FC Porto já vinha em desvantagem da primeira mão e não se podia dar ao luxo de sofrer o golo que sofreu aos 13 minutos. Na retina fica o mau posicionamento de Zaidu, claramente mal posicionado em relação à linha defensiva azul e branco, o que permitiu que Dembélé estivesse em posição regular no lance em que inaugurou o marcador. Imperdoável.
As reações
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