O treinador do Sporting de Braga, Carlos Carvalhal, disse hoje querer "explorar ao máximo" as “lacunas” do Rangers, na quinta-feira, na primeira mão dos quartos de final da Liga Europa de futebol, e colocar-se na frente da eliminatória.

“Estamos muito felizes por viver estes momentos, estamos ansiosos por ir a jogo e disputá-lo, mas de forma positiva. Preparámo-nos bem para um adversário muito difícil, o Rangers eliminou o Borussia de Dortmund e o Estrela Vermelha, que foi primeiro no nosso grupo. Isso espelha bem as dificuldades que vamos ter”, disse o treinador, de 56 anos.

Carlos Carvalhal voltou a repetir a ideia de “uma noite à Braga”, o que significa um “grande apoio dos adeptos” e a equipa, “dentro de campo, a fazer o seu papel e a dar o melhor individual e coletivamente”.

O técnico disse respeitar o Rangers, “uma grande equipa”, mas considerou que o Sporting de Braga “tem hipóteses de vencer”.

Jogar primeiro em casa pode dar uma “ligeira vantagem, 50,01 por cento de hipóteses”, mas “nada vai ficar decidido amanhã [quinta-feira]”, porque “são equipas muito equilibradas”.

“Disse com o Mónaco que era 50/50 e agora também. Vamos tentar tirar partido desse fator, mas o Braga joga tão bem em casa como fora”, disse.

Carlos Carvalhal desvalorizou a ausência de Morelos, melhor marcador do Rangers, por lesão, e disse ter retirado boas ilações do jogo de domingo, com o Celtic, a que assistiu e que o Rangers perdeu (2-1, em casa).

“Foi bom ir ver o jogo ao estádio, ao vivo sente-se mais a parte emocional, não há vídeos que reproduzam isso. Deu para ver e confirmar a enorme capacidade do Rangers e uma ou outra debilidade, porque todas as equipas do mundo as têm”, disse.

O que viu ‘in loco’ deixou-o “mais realista” do que otimista, disse.

“Isso não significa que espere facilidades, o Rangers vai criar-nos dificuldades, é uma equipa compacta, sólida, com um modelo de 4x2x3x1, com um avançado muito móvel, médios muito bons, uma defesa consistente, um guarda-redes muito experiente, uma equipa com virtudes, mas também com lacunas, que vamos tentar explorar ao máximo”, disse.

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O treinador dos minhotos referiu ainda que a equipa cresceu em termos de maturidade.

“Experiência é passar pelas situações, vivê-las, cometer erros e evoluir e os jovens têm ganho maior maturidade depois de algumas dificuldades inicialmente. Perdemos um núcleo de jogadores que tinham uma grande estabilidade de jogar à quinta/domingo. Emergiram outros sem essa experiência, foram melhorando e penso que chegámos a uma maturidade tática e de jogo”, disse.

As equipas vêm de resultados opostos, o Sporting de Braga de vencer o Benfica (3-2) e o Rangers de perder o dérbi de Glasgow, o que significou ter visto o ‘fosso’ aumentar para seis pontos de diferença para o primeiro lugar.

“Acho que isso poderia amachucar mais os jogadores portugueses. Conheço bem a mentalidade dos britânicos e eles não são muito de ficar a chorar sobre leite derramado, não têm a nossa dinâmica de imprensa e das redes sociais tão forte como aqui, que mexe mais com os jogadores. Que foi pesado [derrota com o Celtic] não tenho dúvidas, mas normalmente os britânicos reagem bem às adversidades, não estou a pensar que possamos tirar benefícios disso. Temos é que estar a ‘top’, com muita ambição de ganhar, vamos com tudo para ganhar”, disse.

Ao lado do técnico, Rodrigo Gomes admitiu ser “um sonho” estar a viver estes momentos.

“É um sonho estar aqui e a representar o Braga nos quartos de final da Liga Europa. Trabalhei muito para isto, há muitos anos que estou aqui e é um sonho representar o Braga nestes grandes palcos”, reforçou.

Rodrigo Gomes tem alinhado pelo lado esquerdo do ataque ‘arsenalista’, no lugar que era de Galeno, entretanto transferido para o FC Porto, mas disse não sentir pressão extra por isso, detalhando ainda a escolha de Carvalhal: “o treinador achou que eu ia ter mais calma, porque do lado direito seria mais de explosão e no esquerdo jogo com mais calma e mais tranquilidade.”

O extremo, de 18 anos, tem sido aposta regular de Carlos Carvalhal nas últimas semanas, tendo já realizado 12 jogos pela equipa principal (e 15 pela equipa B).

O jovem jogador, que lembrou ter estado presente nas bancadas no jogo em Braga de há dois anos entre as duas equipas, disse ser uma “mais-valia” para a equipa a aposta nos jogadores da formação, vários deles da cidade e da região.

“Essa aposta tem acontecido porque há condições excelentes na nossa academia. É uma mais-valia, sim, são jogadores da região, e não só, mas com muita raça e querer”, disse.

Sequeira, Gorby e Roger estão fora do lote de opções devido a lesão.

Sporting de Braga e Rangers defrontam-se a partir das 20:00 de quinta-feira, no Estádio Municipal de Braga, jogo que será arbitrado pelo italiano Davide Massa.

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