José Mourinho disputa na quarta-feira a sua sexta final europeia e espera que os jogadores da Roma possam “fazer história” e erguer o troféu da Liga Europa, derrotando o Sevilha.
“Os nossos adversários vêm da Liga dos Campeões, nós jogámos 14 jogos para chegar aqui. Queremos jogar esta final e merecemo-la. Nos últimos três dias, temos trabalhado no duro para estarmos em condições”, declarou o técnico luso, na conferência de imprensa de antevisão da partida, em Budapeste.
Na quarta-feira, na capital da Hungria, Mourinho vai tentar conquistar o segundo troféu europeu seguido ao serviço da Roma, depois da Liga Conferência Europa, e o seu sexto no total, duas por FC Porto, uma por Inter Milão e outra por Manchester United, de modo a manter a invencibilidade em finais de competições europeias.
Mourinho disse ter falado com os companheiros da equipa técnica sobre como “o trabalho está feito”. “Agora, os rapazes têm de ir fazer história”, declarou.
Para o técnico, “a história não joga”, pelo que o recorde de seis Ligas Europa conquistadas pelos sevilhanos, como o seu registo 100% vitorioso em finais europeias, não conta para a questão, “ao contrário” do que José Luis Mendilibar, o treinador do adversário, considera.
“Para ele, o Sevilha é favorito pela história. Respeito essa opinião. Nós estamos aqui porque merecemos, mesmo sem ter essa experiência”, comentou.
A questão de uma possível saída do clube após o jogo, como aconteceu com a Liga dos Campeões conquistada pelo Inter, que levou à saída para o Real Madrid, foi levantada várias vezes.
“Falei com os meus dois capitães, que me perguntaram sobre isso. Respondi de forma objetiva, mas é entre mim e a equipa, e sabem o que acho. (...) Comparado com o Milão, há uma grande diferença, não tenho quaisquer contactos com outros clubes”, afirmou.
A comandar um plantel que inclui o português Rui Patrício, espera de encontrar do outro lado “jogadores de alto calibre” frente a “jovens que vêm das camadas jovens” entre as fileiras ‘romanistas’.
“Tanto Mendilibar como eu temos a mesma experiência, os mesmos cabelos brancos”, respondeu, quando questionado sobre a história de cada técnico e do orçamento dos dois clubes, refutando que os italianos têm uma situação mais favorável.
Mourinho foi ainda questionado sobre a saída do Tottenham e as diferenças dos ingleses para a Roma. “Aqui não me despediram antes de uma final, deixaram-me jogar a final”, atirou.
À saída da sala de conferências, respondeu ainda sobre a possibilidade de o argentino Paulo Dybala jogar: “20 ou 30 minutos ele consegue fazer”, declarou.
O capitão da formação da capital italiana, Lorenzo Pellegrini, foi assertivo quanto à responsabilidade que enfrentam, bem como o caminho percorrido até aqui.
“Chegamos a esta final com noção, porque o caminho até aqui nos indica coisas. Sabemos os nossos sacrifícios, estamos focados e determinados. Também faz bem ter alguma tensão, alguma emoção, porque nos leva a ser melhores”, considerou.
A final da Liga Europa da época 2022/23 está marcada para quarta-feira, na Puskas Arena, em Budapeste, com início às 20h (hora de Lisboa) e arbitragem do inglês Anthony Taylor.
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