Sem qualquer vitória ainda na Liga Europa, o Marítimo apresentava-se esta noite em Bordéus sob a pressão de uma autêntica final. A máxima diz que “as finais não são para jogar bem, mas sim para ganhar». E o Marítimo não conseguiu nenhuma dessas coisas. A derrota por 1-0 em solo francês deixa os maritimistas com apenas dois pontos em quatro jogos e a precisar de quase um milagre para ainda sonhar com a continuidade na prova.
A equipa de Pedro Martins entrou de forma cautelosa na partida. Os cuidados foram de tal ordem, que os maritimistas acabaram por se “esquecer” de atacar no primeiro tempo. O meio-campo da formação francesa manietou o jogo madeirense, que raramente conseguiu consumar as suas transições ofensivas.
Por outro lado, Bellion, Tremoulinas e Diabate criavam desequilíbrios de forma regular e cedo vincaram a superioridade do Bordéus. Assim, o primeiro golo surgiu de forma natural aos 16’, através de Bellion, com o francês a antecipar-se a Salin no primeiro poste com um cabeceamento certeiro.
O Marítimo não conseguiu reagir e foi sendo sucessivamente colocado em sobressalto até ao intervalo, sem que o resultado acabasse por sofrer alterações.
No segundo tempo esperava-se uma reação do Marítimo e a formação portuguesa deu “um ar de sua graça”. Mais com o coração do que com a cabeça, é certo, mas suficiente para criar problemas ao anfitrião.
Aos 51’, Olberdam atirou cruzado ao lado da baliza dos gauleses, mas foi aos 77’ que o Marítimo chegou a sonhar com o empate. Isolado na área, Fidelis falhou de forma incrível o cabeceamento e desperdiçou a melhor chance dos maritimistas.
Poucos minutos volvidos, aos 85’, Roberge chegou a colocar a bola na baliza do Bordéus, mas o lance foi invalidado por fora de jogo. Foi o “canto do cisne” do Marítimo neste jogo.
Com o empate entre Newcastle e Club Brugge no outro jogo, o Marítimo tem ainda uma hipótese remota de seguir em frente. Para tal, “só” tem de ganhar os dois jogos que faltam e esperar que o Bordéus perca ambos. Falta esperar pela sorte que tem faltado aos maritimistas neste percurso europeu.
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