Vítor Bruno fez esta quarta-feira a antevisão do jogo diante do Manchester United, relativo à segunda jornada da Liga Europa.
O técnico dos dragões acredita que a equipa aprendeu com os erros cometidos na Noruega, mas que não espera quaisquer tipo de facilidades diante do Manchester United, desvalorizando o atual momento de forma da equipa de Erik Ten Hag.
Aprendizagem com Bodo/Glimnt: "Cada jogo tem a sua especificidade. São adversários diferentes, que oferecem diferentes problemas. Na Noruega cometemos vários erros que não podíamos cometer e corrigimos muita coisa contra o Arouca. Estes jogos de nível europeu têm alto nível de complexidade e obrigam-nos a roçar a perfeição. Quando resolvemos um problema aparece logo outro a seguir, porque é tudo muito intenso. Será um jogo com um alto nível de exigência"
Manchester United: "Ouvi muita gente dizer que eles vinham com a 'corda ao pescoço'. Quem tem a 'corda ao pescoço' somos nós, porque estamos atrás do Manchester United no objetivo de chegar à qualificação. Temos a oportunidade amanhã de chegar pelo menos aos lugares de play-off e de seguirmos o nosso caminho"
Jogo mais acessível?: "Isso seria muito pouco inteligente da nossa parte. É fácil descodificar a equipa do Manchester United e descobrir quem está do lado de lá. Quem quiser contar uma história diferente estar a contar uma narrativa que não corresponde à verdade. É um clube que, se puxarmos a cassete atrás, esteve a minutos de bater aquele que para muitos é o melhor clube do mundo neste momento, o Manchester City, e se isso aconteceria seria um 'super Manchester United'. Isso não se perde de um momento para o outro. Temos de estar muito alertas amanhã e com alto sentido de responsabilidade. Será difícil, mas queremos muito ganhar"
Empatar seria bom?: "Nesta casa não se joga para empates, aqui só se joga para ganhar. São equipas historicamente difíceis, com jogadores de alto nível e vão causar muitos problemas. Temos de estar muito atentos e atacar o jogo com a mentalidade certa"
Pedidos de demissão perto do estádio: "A mim não me apetece dizer nada, não comando o que passa na cabeça das pessoas. Isto é para quem tem andamento, procurar fazer o que tem de ser feito. Só conheço uma pessoa que fez a vida e que foi amplamente elogiado por dar passos para trás, que foi o Michael Jackson. Eu não sou cantor e não tenho jeito para dançar. Posso não ser um grande treinador, mas sou melhor que um cantor ou um dançarino"
Vitória de 2004: "Em 2004 penso que estava no meu último ano de faculdade e jogava futebol em simultâneo. Pelo facto de jogar futebol já pensava que podia seguir esta carreira porque percebi que o meu caminho como jogador podia não ser o que ambicionei como jogador. Em 2009 tive a primeira experiência em Portugal, como adjunto do Augusto Inácio no Naval, mas não sabia o que ia ser o meu futuro. Se expectava estar aqui nesta condição neste momento, não. As coisas aconteceram porque tinham de acontecer. Sinto-me feliz e orgulhoso de estar aqui mas o maior é orgulho é ver os jogadores a seguirem à risca o que é pedido. O jogo de amanhã é mais um momento para podermos meter o nome do FC Porto na Europa e deixar uma marca forte"
Aumento de intensidade: "Um ou dois dias após o jogo da Noruega, em partilha no balneário, fizemos um levantamento e há um indicador forte para a intensidade do jogo que é o número de faltas. Percebemos que alguns adversários nossos fazem disso uma força e é por isso que estão tão alto nos Açores, um exemplo disso é o Santa Clara. É um sinal muito forte, os jogos fazem-se de pequenos duelos. Quantos mais ganharmos, mais perto estamos de ganhar o jogo. Isso tem de ser encarado como uma arma forte para todos os jogos"
Preparação para o jogo: "Não houve nenhum cuidado especial. Analisámos o último jogo, analisámos o Manchester, tudo exatamente igual. Não alteramos o nosso trabalho diário em função do adversário, respeitamos todos de igual forma. Olhamos sempre de forma detalhada. As entradas também obrigam a uma série de rotinas, tentamos potenciar cada bocadinho do treino para que tudo possa sair de forma natural e espontânea, talvez com uma troca de olhares".
Críticas a Ten Hag: "Eu também, todos são. Ainda não o conheci, mas gostava muito. Se o ten Hag quiser, o nosso balneário vai estar aberto para ele no final do jogo. Aqui acontece o mesmo, quando se perde um jogo estamos quase sentenciados".
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