A administração da SAD do Vitória de Guimarães afirmou hoje em comunicado «repugnar» os atos de violência praticados por «delinquentes» sobre adeptos do Betis na quinta-feira, dia em que jogaram para a Liga Europa de futebol.
O Vitória começa por lembrar os «incidentes» registados no jogo de Sevilha, há duas semanas, em que adeptos vitorianos foram agredidos por aficionados do clube espanhol, o que «levou os dirigentes de ambos os clubes a manifestarem o seu respeito mútuo e total vontade em sanar o ambiente que se poderia viver em Guimarães, na jornada seguinte».
Durante as horas que antecederam o jogo houve registos de algumas agressões a adeptos do Betis, mas os mais graves ocorreram no final do encontro.
Na imprensa espanhola surgem relatos de adeptos do Betis a contarem que foram arrancados de dentro de táxis em Guimarães e violentamente agredidos, uma «autêntica caça ao adepto bético», pode ler-se na "Marca".
«Já viajámos muito a acompanhar a nossa equipa e nunca vivemos algo parecido ao de ontem [quinta-feira]. Foi o momento mais duro e de mais medo que passei na minha vida», contou Manuel Gomes ao jornal espanhol.
O Vitória disse ter ficado «surpreendido» com essas notícias e frisou que esses «confrontos não se coadunam com o bom relacionamento existente entre os clubes e os respetivos presidentes».
«O Vitória condena qualquer tipo de confrontos coletivos, sobretudo quando associados ao desporto e a clubes de futebol, que podem colocar em risco a integridade de pessoas e bens. Os adeptos vitorianos têm pautado a sua conduta por um constante e espetacular apoio à equipa e é importante que o futuro continue a apresentar esta postura que tanto os distingue», pode ler-se no comunicado no sítio oficial dos minhotos na internet.
O clube vimaranense «repugna, assim, qualquer tipo de violência coletiva, gratuita e cobarde, cometida por delinquentes, que não podem fazer parte da família vitoriana. O Vitória não se revê nesta forma de estar em sociedade e no desporto e mostrar-se-á sempre disponível para cooperar na erradicação de qualquer ato de violência».