A casa do presidente do PSG, Nasser Al-Khelaïfi, foi alvo de buscas na quarta-feira no âmbito de investigações sobre acusações de detenção, sequestro e tortura no Catar a um lobista franco-argelino, revelou fonte próxima à AFP.

“O juiz de instrução solicitou informação adicional e acesso, que lhe foram prestados de forma completa e transparente, em total cooperação com as autoridades, como tem acontecido desde o início”, reagiu um porta-voz do presidente do PSG, citado pela agência de notícias francesa.

A busca foi levada a cabo pela polícia judiciária no âmbito de uma investigação judicial aberta no final de janeiro após uma denuncia do lobista Tayeb Benabderrahmane, procedimento que permite obter quase sempre a abertura de uma investigação judicial.

Benabderrahmane disse ter sido sequestrado seis meses e questionado pelas autoridades locais, em particular sobre documentos na sua posse, potencialmente comprometedores para o chefe do PSG do Catar, Nasser Al-Khelaïfi.

Explicou que foi colocado em prisão domiciliária e finalmente autorizado a deixar o Catar em novembro de 2020, após assinar um protocolo de confidencialidade no qual se comprometeu a não divulgar esses documentos.

Na semana passada, a prefeitura de Paris liderada pela ex-ministra Rachida Dati, membro dos republicanos, e escritórios de advogados também foram alvo de buscas sobre este caso.

Os advogados de Nasser Al-Khelaïfi anunciaram em abril a intenção de abrir um processo por difamação contra o lobista.