O presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Noel Le Graet, deixou a porta entreaberta ao regresso de Adrien Rabiot, médio do Paris Saint-Germain, e disse esperar que o mesmo aconteça até final do ano.

“Penso que não se pode punir um rapaz de 23 anos até aos 35. Isso não se faz. E o Didier (Deschamps, selecionador francês) também pensa o mesmo”, disse Graet, em declarações hoje difundidas pela Radio RTL sobre o médio do PSG, que rejeitou ficar como reserva da seleção francesa, depois de ver que o seu nome não constava dos 23 convocados para o Mundial2018.

O responsável máximo da FFF manifestou o desejo de se encontrar até final do ano com Rabiot, por pretender “saber em primeira mão o que ele pensa sobre o assunto”.

“Ele pode perfeitamente dizer-me na cara que não quer saber mais da seleção francesa. Mas, por outro lado, pode dizer: estou disponível, e a partir daí caberá a Didier decidir”, explicou Graet, cujas declarações surgem dias depois de o selecionador francês ter descartado a possibilidade de um regresso imediato de Rabiot, por considerar que o caso polémico protagonizado pelo jogador ainda é muito recente.

Deschamps justificou a sua ideia: “Há que ser-se responsável pelo que se diz e pelo que se faz e penso que ele (Rabiot) faltou ao respeito aos que vestem a camisola da seleção”.

Rabiot foi uma ausência inesperada para muitas pessoas que acreditavam que estaria entre os 23 eleitos para o Mundial de 2018, na Rússia, na medida em que tinha sido convocado regularmente por Dechamps na fase de qualificação.

Na altura, Rabiot justificou a sua atitude por entender que a decisão do selecionador “não tinha qualquer lógica desportiva”.

Sem o médio do PSG, a França sagrou-se campeã mundial na Rússia, numa prova concluída com um triunfo por 4-2 sobre a Croácia, na final de Moscovo, a 15 de julho.