Falta pouco, muito pouco. Um ponto, se quisermos ser mais rigorosos, para o Mónaco, de Leonardo Jardim, fechar as contas do campeonato francês e quebrar, enfim, um enguiço de 17 anos sem vencer a competição.
A equipa monegasca recebe, esta quarta-feira, o Saint-Étienne, numa situação extremamente conforável: tem mais três pontos do que o PSG, um jogo a mais para disputar (em atraso), e uma larga vantagem no saldo de golos – em caso de empate, o campeão será apurado na diferença entre golos marcados e sofridos (Mónaco tem 73 golos contra 56 do PSG).
Ora tal cenário já levou a que Unai Emery, treinador dos parisienses, endereçasse os parabéns ao adversário. "O Mónaco fez uma boa época e apesar de ainda não ser campeão matematicamente, deverá confirmar o título. Parabéns ao Mónaco, que fez um grande trabalho esta temporada", disse, no passado fim de semana, Emery.
Não é para menos. Foram três anos de trabalho árduo de Leonardo Jardim, assente na valorização de jovens promessas, como Kylian Mbappé, que aos 18 anos já é um dos jogadores mais cobiçados na Europa, Rafinha e o português Bernardo Silva. Isto sem nunca esquecer os talentos com mais do que provas dadas de Moutinho, Falcao ou Subasic.
O Mónaco, de resto, chega a este encontro, com o melhor ataque da Ligue 1 (soma neste momento 102 tentos) e o segundo melhor registo dos cinco principais campeonatos europeus, apenas ultrapassado pelo Barcelona, que já leva 112 golos na liga espanhola. Caso vença os dois jogos que lhe faltam, os monegascos poderão terminar a época com 95 pontos, ou seja, com o melhor registo das principais ligas europeias.
Tudo isto ganha ainda mais relevância se pensarmos que o Mónaco não festeja um título desde 1999/2000, num conjunto orientado por Claude Puel e onde brilhavam o português Costinha, Barthez, David Trezeguet, Marco Simone e Sagnol.
Para o jogo de consagração, são esperados mais de 18 mil adeptos nas bancadas do Stade Louis II. O jogo entre Mónaco e Saint-Étienne, recorde-se, está marcado para esta quarta-feira, a partir das 20h. E mesmo que deixem escapar essa oportunidade, os monegascos ainda têm a visita ao Rennes, no sábado, na última jornada da Ligue 1.
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