O brasileiro Neymar, futebolista do Paris Saint-Germain (PSG), confessou hoje sentir-se "ansioso por não saber” quando voltará a jogar, devido à pandemia de COVID-19, e ter "muitas saudades" de competir e de estar com os companheiros no balneário.
"Não saber quando vou voltar a jogar causa-me ansiedade. Sinto falta de jogar, de competir, do ambiente do clube e dos meus companheiros do PSG. Tenho a certeza que os adeptos também anseiam que a bola volte a rolar nos relvados. Espero que seja tomada uma de decisão nesse sentido o mais rápido possível", desejou o atacante brasileiro no seu sítio oficial.
Neymar está confinado desde março na sua mansão em Mangaratiba, no estado do Rio de Janeiro, onde segue um plano de treinos com seu ‘personal trainer', Ricardo Rosa, com quem trabalha há uma década.
Por causa da quarentena no Rio de Janeiro, que se estende a quase todos os 27 estados do Brasil, Ricardo Rosa teve de criar um plano de treinos específico para a situação excecional que se vive e que consiste numa primeira sessão diária a seguir ao pequeno-almoço, um período de descanso e trabalho, e trabalhos lúdicos, com e sem bola, durante o resto do dia que o obrigam a gastar energias.
"É necessário entender o ambiente em que ele [Neymar] está a viver, sob pressão para voltar a competir, pelo que devo optar por uma rotina de treinos que não o faça sentir-se pressionado", explicou Ricardo Rosa, que sublinhou, ainda, a importância do controlo que tem sido feito à alimentação do jogador.
O treinador pessoal de Neymar, que tem tido a companhia permanente do seu amigo e futebolista do Palmeiras, Lucas Lima, destacou o "físico privilegiado" do avançado do PSG, que concilia ainda "agilidade e velocidade com muita resistência".
Neymar regressou ao Brasil logo após o PSG ter cancelado os treinos por causa da pandemia da covid-19 e criou uma estrutura para poder treinar sem sair do condomínio da sua mansão, que conta com um espaço adequado para andar de bicicleta, um campo de voleibol e um ginásio.
O Brasil registou hoje um novo recorde diário, com 407 mortos e 3.735 infetados de COVID-19 nas últimas 24 horas, totalizando 3.313 óbitos e 49.492 casos de infeção.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 186 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 708 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Comentários