O médio do Paris Saint-Germain Thiago Motta confirmou esta terça-feira que se vai retirar no final desta temporada e anunciou que quer seguir a carreira de treinador.

"Passei aqui anos muito agradáveis (seis anos e meio no Paris Saint-Germain) e o que sinto agora é que este deve ser o último clube da minha carreira", disse Motta, em entrevista ao jornal francês "L'Équipe".

O ítalo-brasileiro que completa 36 anos em agosto lamentou não ter disputado as finais da Liga dos Campeões com dois dos seus antigos clubes: em 2006 com o Barcelona - os catalães venceram o Arsenal - e em 2010 com o Inter de Milão em 2010 - italianos derrotaram o Bayern de Munique.

"Eu achei que este ano seria melhor, mas não aconteceu", afirmou Motta, que também comparou o método de trabalho do seu atual treinador, o espanhol Unai Emery, com o do italiano Carlo Ancelotti, que já treinou o emblema francês

"Anceloti fazia com que os jogadores se sentissem envolvidos. Ele dizia-me: 'hoje controlas o meio-campo'. Se algo não corresse bem, era responsabilidade do jogador, não do treinador. Com Emery, trabalha-mos de forma diferente. Ele gosta de controlar tudo", analisou.

Thiago Motta elogiou ainda a qualidade dos seus companheiros Marco Verratti, Giovani Lo Celso e Adrien Rabiot.

"(Rabiot) pode ser melhor que eu. Na sua idade (23), eu não era tão forte. Tem um potencial enorme e pode jogar em várias posições", disse.

Sobre seu futuro, Motta não esconde que planeia um dia tornar-se treinador do Paris Saint-Germain.

"Vou avançar etapa por etapa, mas não vou esconder. Tenho essa ideia na minha cabeça, embora ache que ainda esteja longe", finalizou.