Pedro Santos ganhou coragem para pedir a camisola de jogo ao ‘astro’ argentino Lionel Messi, no final da derrota do DC United no terreno do Inter Miami (1-0), no domingo, para o campeonato norte-americano.
“Vou fazer um quadro por ser quem é. Obviamente, se fosse com o Cristiano Ronaldo iria fazer o mesmo. Infelizmente, nunca tive a oportunidade de o defrontar, mas acho que ele e Messi seriam os únicos jogadores aos quais faria isso. Tanto é assim que, para pedir a camisola ao Messi, perdi toda a vergonha que tinha e até fiz uma coisa que nunca pensei que tivesse coragem de fazer”, pontuou à agência Lusa o avançado lisboeta, de 36 anos.
Nas horas seguintes ao embate disputado em Fort Lauderdale, no estado da Flórida, um vídeo partilhado nas redes sociais atestou esse momento com o campeão mundial pela Argentina e vencedor de oito Bolas de Ouro já em pleno túnel de acesso aos balneários.
“Nestes anos todos de carreira, só pedi uma foto a um jogador. Foi ao Andrea Pirlo e até foi por acaso, porque o apanhei no corredor a sair do estádio, um colega de equipa meu pediu-lhe para tirar uma foto e aproveitei. É uma situação em que não me sinto bem, mas tive de perder a vergonha com o Messi, porque são momentos únicos e não sei se teria outra oportunidade de jogar com ele e de tirar uma foto ou ter a camisola dele”, assumiu.
Pedro Santos tinha começado por interpelar aquando da saída para o intervalo o capitão do Inter Miami, que se prontificou para oferecer a sua camisola ‘10’ rosa no final do jogo, momento em que posou igualmente para as câmaras ao lado do extremo do DC United.
“Já joguei contra outros grandes jogadores, como Zlatan Ibrahimović, Kaká, Pirlo e por aí fora, mas nunca tive coragem de lhes pedir a camisola nem estava pensado fazer agora. Os meus filhos tinham-me perguntado se ia trocar com o Messi, mas, na altura, até tinha respondido que não. Depois, antes de ir para aquele jogo, estava com o meu colega de quarto e disse-lhe que afinal ia pedir, até porque ia ser titular e estaria perto dele”, notou.
Nos escassos segundos de convívio mantidos no Chase Stadium, Pedro Santos guardou o retrato de “uma pessoa e um jogador muito reservado”, que tinha acabado de ajudar o líder da Conferência Este a vencer na receção à equipa de Washington, da 15.ª jornada, graças a um golo do recém-entrado equatoriano Leonardo Campana, aos 90+4 minutos.
“O Messi consegue transportar o jogo para outra dimensão e aquilo que ele move fora do campo é incrível, face à quantidade de pessoas que traz só para o verem. Como é óbvio, mexe com tudo, mas durante o jogo não senti diferenças nenhumas. Foi um prazer e um orgulho partilhar o relvado com ele, mas fizemos tudo para ganhar e tinha sido magnífico somar três pontos perante uma equipa com Messi, Luis Suárez, Sergio Busquets e Jordi Alba. Houve oportunidades para marcar, mas não conseguimos e eles acabaram por ser mais felizes”, lamentou o ex-extremo de Sporting de Braga, Rio Ave e Vitória de Setúbal.
A cumprir a oitava época nos Estados Unidos, e segunda ao serviço do DC United, nono classificado da Conferência Este, com 17 pontos, a 14 do Inter Miami, que leva mais um duelo, Pedro Santos salienta o impacto sentido desde a chegada do fenómeno Messi em julho de 2023, após deixar o tricampeão francês Paris Saint-Germain em fim de contrato.
“As pessoas já estão acostumadas a que ele esteja por cá. No início, era uma coisa nova e havia muito mais adesão e excitação pelo nome do Messi, mas hoje já está um bocado mais calmo. Agora, quando chegam os dias de jogo, as pessoas vão e ficam malucas só para poder assistir de perto. Há casa cheia garantida e uma loucura para ter acesso aos bilhetes, Ele veio acrescentar mais atenção ao campeonato”, finalizou o dianteiro, que já atuou pelo Columbus Crew, de 2017 a 2022, sagrando-se campeão americano em 2020.
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