O comité de recurso da FIFA ratificou hoje a exclusão dos mexicanos do Club León do Mundial de Clubes de futebol, a disputar de 15 de junho a 13 de julho, nos Estados Unidos, sem precisar qual será o substituto.

Na decisão de 55 páginas ao recurso apresentado por ambos os clubes mexicanos, a FIFA justifica a decisão pelo facto de Pachuca e Club León partilharem o mesmo proprietário, algo que é proibido pelos regulamentos da prova.

O Pachuca e o Club León, que segundo o comité de recurso estão ambos em incumprimento, “são controlados pelas mesmas pessoas, que exercem uma influência significativa sobre os seus respetivos processos de tomada de decisão”.

O Club León integrava o Grupo D do Mundial de Clubes, juntamente com o Chelsea (Inglaterra), Espérance (Tunísia) e Flamengo (Brasil) e o seu substituto deverá sair da CONCACAF, sem contudo a obrigatoriedade de ser um emblema mexicano.

Na última sexta-feira, o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) confirmou que recebeu recursos individuais dos clubes mexicanos León e Pachuca, solicitando uma declaração de que ambos são elegíveis para participar no Mundial de Clubes, contrariando a decisão da FIFA de excluir o primeiro.

O Comité de Apelação da FIFA decidiu no mês passado que ambos os lados violaram o Regulamento da Competição em relação à propriedade múltipla de clubes e, devido a esta infração, o León, treinado pelo argentino Eduardo Berizzo e com o colombiano ex-FC Porto James Rodríguez no seu plantel, foi excluído da competição.

O TAD explicou ainda que León também interpôs um recurso adicional contra a decisão do secretário-geral da FIFA de ser reintegrado como participante no Mundial de Clubes.