A Suécia, uma das mais fortes candidatas ao título, e a Espanha vão discutir o acesso à final do Mundial feminino de 2023, ao apurarem-se hoje para as meias-finais, graças às vitórias sobre Países Baixos e Japão, respetivamente.

No jogo de maior cartaz dos quartos de final, disputado em Auckland, a Suécia confirmou o estatuto de favorita, ao vencer por 2-1 uma seleção japonesa que também tinha impressionado – com destaque para a goleada por 4-0 à Espanha, na fase de grupos – e que nunca deixou de ameaçar o empate.

As escandinavas, finalistas vencidas em 2003, estiveram a vencer por 2-0, graças aos golos marcados por Amanda Ilestedt, aos 32 minutos, e Filippa Angeldahl, aos 51, de grande penalidade, mas as nipónicas reduziram, aos 87, por Honoka Hayashi, depois de Riko Ueki ter desperdiçado um penálti, aos 76.

Depois de ter eliminado nos oitavos de final os Estados Unidos, bicampeões em título (2015 e 2019) e recordistas do torneio, com quatro troféus conquistados, em oito edições concluídas, a Suécia fez agora tombar o campeão mundial de 2011, que antecedeu o ‘bi’ norte-americano.

O Japão, finalista vencido em 2015, procurou em vão o empate que levaria o encontro para o prolongamento, despedindo-se do Campeonato do Mundo com Hinata Miyazawa como melhor marcadora, com cinco golos, agora mais ameaçada por Ilestedt, que hoje concretizou o quarto.

A seleção sueca vai defrontar nas meias-finais a Espanha, que hoje se apurou pela primeira vez para uma fase tão avançada, ao impor-se por 2-1, após prolongamento, aos Países Baixos, vice-campeões em exercício e que venceram o grupo de Portugal na primeira fase, à frente também dos Estados Unidos.

Em Wellington, a parecia ter ficado com o apuramento histórico no ‘bolso’ quando Mariona Caldentey inaugurou o marcador, aos 81 minutos, através de uma grande penalidade, mas as neerlandesas empataram ‘fora de horas’, aos 90+1, por intermédio de Stephanie van der Gragt.

A seleção ibérica, uma das mais jovens em competição, manteve vivo o sonho de conquistar o primeiro grande título internacional graças ao golo marcado aos 111 minutos por Salma Paralluelo, convertida em heroína espanhola, aos 19 anos.

Os outros jogos dos quartos de final, marcados para sábado, vão opor a coanfitriã Austrália à França e a Inglaterra, atual campeã europeia, à Colômbia.

Portugal participou pela primeira vez na competição e terminou no terceiro lugar do grupo E, depois de ter perdido com os Países Baixos, por 1-0, vencido o Vietname, por 2-0, e empatado 0-0 com os Estados Unidos.

A nona edição do Mundial feminino de futebol decorre até 20 de agosto, na Austrália e Nova Zelândia.