Portugal recebe esta terça-feira, no Estádio do Dragão, a Macedónia do Norte, num jogo que ditará qual dos dois irá ao Mundial 2022 e na antevisão ao encontro o selecionador nacional, Fernando Santos, sublinhou a importância da partida.

"Eles têm jogadores muito rápidos e, quando iniciam a manobra ofensiva, tentam sempre sair a jogar através do guarda-redes. Quando não conseguem, colocam a bola mais longa porque também têm essa capacidade. Conhecemos bem a Macedónia e temos de responder à altura. Este até pode ser o jogo das vidas deles, mas para nós também é, e é assim que temos de responder, com entrega, determinação, intensidade, espírito de sacrifício e vontade", sublinhou.

Antes, Fernando Santos já tinha lembrado a forma como a Macedónia do Norte afastou, surpreendentemente, a Itália e como frente a Portugal poderá contar com dois importantes jogadores que não alinharam ante a 'squadra azzurra'.

"Contra a Itália foi um jogo de sentido único, mas eles tiveram muita qualidade a sair para o contra-ataque, mas isso não retrata a Macedónia. Quando analisámos outros jogos, até contra a Alemanha, vemos que jogaram dois jogadores que não jogaram contra a Itália, incluindo o melhor jogador deles, o Elmas e o Bardhi. Trazem capacidade de posse, de jogar... temos de estar preparados para todos os momentos, para responder ao bloco baixo deles, procuram sair mas não têm medo de recuar se for preciso. São bastante fortes nisso", alertou.

Indiferença por defrontar a Macedónia do Norte e não a Itália

Fernando Santos fez questão de frisar que não está nem mais nem menos feliz por Portugal não ir ter pela frente a Itália, como todos esperavam.

"Não estou nem contente nem deixo de estar contente. Estou contente por Portugal ter vencido a Turquia e por ter feito um bom jogo. Era um adversário difícil, sabíamos que tínhamos de vencer para estar nesta final. Vamos fazer de tudo para conseguirmos estar presentes no Mundial", garantiu, antes de frisar que a pressão era a mesma para a seleção nacional.

"A pressão que temos de ter é de estar no Qatar, é a única em que nos devemos focar. Falamos sempre em nomes mas eles estão aqui por mérito próprio, ganharam na Alemanha. A Macedónia, nos últimos 5 jogos que fez fora, só perdeu um e ganhou três. Goleou a Arménia, e venceu Itália e Alemanha. Se não olharmos para eles como um todo, claro que vamos correr riscos. Temos um objetivo claro, que é estar no Qatar. Começámos contra a Turquia e amanhã temos de o repetir. A nossa capacidade ofensiva depois há de libertar o jogo para nós", vaticinou.

Jogo diferente do da Turquia

Fernando Santos fez ainda questão de notar que o encontro será diferente daquele que Portugal disputou contra a Turquia na passada quinta-feira. "A Turquia era um jogo, estudámos a Turquia, conhecíamos a organização defensiva e ofensiva deles. E agora estudámos bem a Macedónia, o processo defensivo, como é que precisamos de colocar as nossas dinâmicas em jogo. Ontem fizemos isso, hoje trataremos do processo ofensivo deles e a estratégia será montada consoante as dinâmicas do jogo, que é o que é fundamental. Não é por jogar A, B ou C mas sim pela estratégia e dinâmica do jogo", explicou.

Ainda assim, Fernando Santos espera menos sofrimento. "O que desejo é isso, mas o que vai acontecer no jogo não sei, não tenho dotes de adivinho. Cá fora é fácil, todos conseguimos explicar, mas lá dentro as coisas não são como sempre pensamos, podem haver variações e eles é que têm de tomar as decisões certas lá dentro. A partir do momento em que lá entram, eles assumem quase o papel de treinadores. O que desejo é que a equipa ganhe e acredito que vá ganhar, com mais ou menos sofrimento. Até porque já tenho alguma idade e o meu coração não aguenta isto tudo depois. Temos de ganhar, ganhar e ganhar", concluiu.

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