A Alemanha tem um balanço negativo em finais do Mundial de futebol, com três vitórias e quatro derrotas, em vésperas da sua oitava, que lhe permite reforçar o recorde de presenças, domingo, no Maracaña.
A formação germânica venceu em 1954, 1974 e 1990 e perdeu em 1966, 1982, 1986 e 2002, sendo que na edição de 2014 vai reeditar com a Argentina as de há 28 e 24 anos: perdeu a primeira por 3-2, no México, e venceu a segunda por 1-0, em Itália.
A primeira aparição germânica em finais aconteceu em 1954, na Suíça, e a sua vitória foi uma enorme surpresa, um choque, já que a “super” Hungria, de Puskas, Kocsis e Czibor, era claramente favorita ao título.
Mas, 14 dias depois de perder com os magiares por 8-3, na fase de grupos, e depois de terem chegado aos 10 minutos a perder por 2-0, os alemães venceram por 3-2, com um tento de Maximilian Morlock e dois de Helmut Rahn.
Uma dúzia de anos depois, a RFA voltou a uma final, mas, desta vez, caiu por 4-2, após prolongamento, frente à anfitriã Inglaterra, num encontro marcado por um golo “fantasma” de Geoff Hurst. Mesmo as imagens não clarificam se a bola entrou.
Foi, então, o 3-2, aos 101 minutos. A Alemanha marcou primeiro, por Helmur Haller, mas só liderou dos 12 aos 18 e só forçou o tempo extra aos 89, quando Wolfgang Weber apontou o 2-2.
Em 1974, a RFA chegou à sua terceira final e, como 20 anos antes, não era favorita, face a uma Holanda muito poderosa, a “laranja mecânica” de Rinus Michels, liderada em campo pela magia de Johan Cruyf, mais Resenbrink, Neeskens, Rep e Krol.
Os holandeses, como os húngaros em 1954, marcaram bem cedo, aos dois minutos, por Neeskens, de penálti, mas, também como duas décadas antes, os germânicos viraram o resultado, com golos de Paul Breitner, também de grande penalidade, e Gerd Müller.
Oito anos após o segundo título, a formação germânica voltou à final em Espanha, em 1982, mas desta vez foi completamente manietada pela Itália, que falhou um penálti a abrir e, mesmo assim, ainda chegou a 3-0. Reduziu Breitner, aos 83 minutos.
A RFA teve nova hipótese, a quinta, na edição seguinte, em 1986, pela primeira vez fora da Europa, no México. A Argentina chegou rapidamente a 2-0, mas, na parte final, em dois cantos, Karl-Heinz Rummenigge e Rudi Völler empataram o jogo.
Com Diego Armando Maradona completamente manietado por uma impiedosa marcação de Lothar Matthäus, o “onze” de Franz Beckanbauer parecia capaz de virar o jogo, mas Maradona teve um milímetro e isolou Burruchaga para o 3-2 final.
A vingança chegou quatro anos depois, na repetição da final, agora em Roma. Perante uma Argentina dizimada por castigos e com Maradona longe da forma de 1986, a RFA venceu por 1-0, graças a um penálti “fantasma” convertido por Andreas Brehme.
Na última final, em 2002, a Alemanha voltou a perder, desta vez com o Brasil, que, em Yokohama, venceu por 2-0. Um “bis” de Ronaldo, o “Fenómeno”, derrotou os germânicos, que aturaram desfalcados de Michael Ballack, ausente por castigo.
Domingo, no Rio de Janeiro, a formação comandada por Joachim Löw vai tentar recolocar o balanço de finais em 50 por cento, precisando para isso de vencer a Argentina.
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