A relação entre o organismo que tutela o futebol mundial e o Comité Organizador Local não tem sido pacífica. O secretário-geral da FIFA enviou, ao longo do tempo, vários alertas aos consecutivos atrasos nos prazos das obras, mas quando se está a dois meses da Taça das Confederações tudo parece agora bem encaminhado.
Imagem do Brasil não está em causa
O CEO do Comité Organizador Local, Ricardo Trade, afirmou ao SAPO Desporto que, em momento algum, a imagem do Brasil saiu beliscada nesta situação.
«Não acho que tenham arranhado a imagem do nosso país e a nossa preparação. Se pararmos para pensar, qualquer grande competição sempre tem aquela história. ‘Não vai ficar pronto, está difícil...’ Claro que é difícil construir 12 novos estádios, construir infra-estruturas nas cidades e renovar aeroportos. Nós achamos bem que a FIFA nos pressione pelo que foi combinado. Isso ajuda-nos no trabalho conjunto», começou por explicar.
O responsável brasileiro diz perceber o lado do organismo que tutela o futebol mundial uma vez que este é proprietário de «produtos como a Taça das Confederações e o Campeonato do Mundo que são os mais mediáticos do Mundo», pelo que é natural que «haja esses cuidados e isso acaba por servir de alerta para nós».
Estádios serão entregues a tempo
A FIFA deu 31 de dezembro de 2013 como prazo limite para entrega dos estádios para o Campeonato do Mundo. Uma data que Ricardo Trade está confiante que será cumprida.
«Com certeza, estou confiante que sim. Confiamos nos preparativos das cidades, dos Estados e do Governo Federal. Temos uma equipa de 25 arquitetos e engenheiros que visitam constantemente os estádios e temos uma sala de controlo aqui (Rio de Janeiro) onde vemos as câmaras que estão colocadas em cada estádio. A gente sabe o que está a acontecer todos os dias e em alguns momentos temos que dialogar com as cidades-Estado e dizer: ‘Tem de ficar pronto’ (...) A gente espera que no dia 31 de dezembro tudo esteja concluído, estamos a trabalhar para isso».
Sobre o que vai acontecer aos estádios depois destas grandes competições, o CEO garante que tudo está pensado para que os espaços continuem a ser rentáveis e não se dê o aparecimento de “elefantes brancos”.
«A maioria dos estádios Brasileiros já tem os seus operadores privados, o que é algo novo no nosso país. É algo que traz tranquilidade e sustentabilidade, uma vez que estes operadores vão procurar o melhor resultado financeiro possível (...) Os 14 estádios (os 12 que foram construídos para o Mundial, mais os novos recintos de Grémio e Palmeiras) vão marcar uma nova era para o espectador brasileiro. Estes serão espaços multiusos».
Taça das Confederações 2013
Seis estádios serão palco da Taça das Confederações 2013, que decorre entre 15 e 30 de junho. Até ao momento já foram entregues quatro estádios: Mineirão (Belo Horizonte), Castelão (Fortaleza), Arena Fonte Nova (Salvador), Arena Pernambuco (Recife).
Por concluir e com prazo de entrega até final de abril estão o Estádio Mané Garrincha (Brasília) e o Maracanã (Rio de Janeiro).
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