Em declarações a uma estação televisiva francesa, o técnico, que assegurou ter resolvido o assunto internamente com a substituição do avançado, reconheceu que Anelka “não reagiu da forma mais adequada”, considerando que já se foi demasiado longe com o caso.

“Não houve um confronto. As pessoas não imaginam a pressão que existe. Estamos num balneário, o seleccionador diz algo a um jogador que está sob pressão, pode haver um momento de nervosismo e há troca de argumentos”, referiu.

Avaliando como “adequada” a decisão de excluir o jogador do Mundial2010 “assim que o assunto saiu (na imprensa)", Domenech afirmou que “a única crítica a fazer é não ter aceite pedir desculpas”.

“Ele (Anelka) reagiu de uma forma que pode não ser a mais adequada, mas o que disse no seu espaço, o que murmurou, não tem importância. Eu resolvi o problema internamente, substitui-o. Tudo isso fica entre nós. É isso que é a gestão do grupo”, explicou.

Domenech mostrou-se surpreendido com a dimensão que o assunto ganhou e responsabilizou o diário francês L’Equipe por lhe ter dado “esta magnitude”.

Já o avançado Franck Ribery, tal como o “capitão” Patrice Evra, considerou, em declarações à estação televisiva TF1, necessário descobrir o “traidor” no seio da selecção: “Um traidor lançou muita coisa, era um alívio saber quem era”.

No plano competitivo, o seleccionador gaulês, numa declaração ao sítio na Internet da Federação Francesa de Futebol, disse acreditar nas poucas hipóteses de levar a França aos oitavos de final.

“Resta-nos uma pequena possibilidade. Pouco a pouco está a passar a decepção do último jogo. Um desportista de alto nível tem que jogar as suas opções até ao fim. Temos uma e temos de disputá-la até ao fim”, frisou.

A França tem de golear a África do Sul, no último jogo do grupo A, na terça-feira, e esperar que México e Uruguai não empatem.